Dinheiro
O “Dinheiro”, tal
como “Deus”, tem sido usado e abusado para todos os propósitos, consoante a
conveniência do utilizador.
Assim, temos
observado, acreditado e criado uma série de crenças acerca do dinheiro.
E, tal como muitos
enfim escolheram destruir a crença em “Deus”, seja sob que forma for, assim
também escolheram fazê-lo com o dinheiro. E, está claro, se negas e afastas
algo da tua vida, não é bem-vindo.
É deste modo que
basicamente, grande parte da humanidade vive com bem menos dinheiro do que
gostaria, não percebendo que são eles próprios que o afastam das suas vidas.
A crença na
limitação, seja qual for, afasta a possibilidade e consequentemente, a
oportunidade da realização.
Pode ser que
acredites que o dinheiro é vil, que produz luta e sofrimento, inveja, ou seja,
é algo mau.
Pode ser que
acredites que se tiveres muito dinheiro vais tornar-te assim, “mau”, insensível,
egoísta, sem escrúpulos.
Pode ser que
acredites que de alguma forma não tens capacidade para gerir muito dinheiro,
pois és fraco/a, irresponsável, limitado/a, incompetente.
Pode ser que
acredites que não mereces ter muito dinheiro, pois és “pecador/a” – não és
suficientemente bom/boa para isso.
Pode ser que
acredites que o dinheiro é “sujo” – daí que, ao tê-lo tu próprio/a serás “sujo/a”.
Pode ser que
acredites que se tiveres muito dinheiro, haverá alguém que não tem, pois não
chega para todos, então preferes não ter, para não impedires os outros de terem.
Pode ser que
acredites que tendo muito dinheiro pode haver muita gente que queira roubar-to,
então preferes não ter!
Pode ser que
acredites que para ter muito dinheiro é preciso trabalhar muito – e das duas
uma – não te apetece trabalhar assim tanto, ou só sabes trabalhar e o dinheiro
não te faz muita falta porque nem tens tempo para o gastar, e nem sabes como
porque nunca paraste para amar-te. Por isso provavelmente pensas que o motivo
por que trabalhas tanto é para os teus filhos…ou algo assim. Tens um motivo
muito “nobre” para ser “workaólico/a”.
Pode ser que sejas
tímido/a e penses que ao ter muito dinheiro atrairás muita atenção, por isso
preferes ficar sem dinheiro e incógnito/a.
Pode ser que acredites
que para ir para o Céu tens que ser pobre e bonzinho/boazinha e ajudar todos
sem receber dinheiro em troca em nenhuma circunstância. Assim Deus vai ficar
feliz e encontrar um lugar bem especial para ti do outro lado. O que vives
deste pouco importa!
Pode ser que
acredites que é difícil ter, ganhar, gerar muito dinheiro, não interessa
porquê.
Pode ser que vejas as
pessoas ricas como arrogantes, pouco prestáveis e de trato difícil, e como não
queres ser como elas preferes não ter dinheiro.
Pode ser que
acredites que quanto mais dás, mais recebes, e então passas a vida a dar
dinheiro e seja o que for… e ficas sempre com pouco na mesma.
Pode ser que
acredites que tudo o que vai retorna, e passas a vida a mandar para fora:
dinheiro, energia, tempo… e retorna? Ou ficas mais e mais desgastado/a e descontente com a tua pouca sorte na vida?
Ah, pode ser que
acredites que ter muito dinheiro é uma questão de sorte, e como tens pouca ou
não podes controlá-la, não tens dinheiro… nem nunca terás!
Pode ser que acredites
que o dinheiro é um mal necessário, e como o “mal” é “mau”, não é necessário
muito, só o suficiente para sobreviver, o suficiente para não te tornares mau/má
também.
Pode ser que
consideres que ter prazer na vida é algo “errado”, é um pecado, e então, como o
dinheiro pode proporcionar muitos prazeres “mundanos”, preferes não tê-lo, pois
ter prazer é negativo.
Pode ser que
acredites que essa coisa chamada dinheiro é só isso, dinheiro, e por isso é
externo a ti e não tem nada a ver com a forma como pensas sobre ele e com o
tipo de energia que empenhas na tua vida.
Pode ser que aches
que é bom ser “normal” e então, como a maioria das pessoas “normais” têm
salários limitados, tu também tens que ter.
Talvez acredites que
um dia vais ter dinheiro, mas por agora tens que te preocupar com como vais
pagar a renda. E esse dia nunca chega. Já pensaste que seria da tua vida se
deixasses de te preocupar? Se calhar sentes que seria aborrecida, e então crias
esse divertimento, essa adrenalina de andar sempre preocupado com como pagar as
contas.
Também podes
acreditar que se tiveres muito dinheiro vão abusar de ti – por isso mais vale
ter pouco.
E mais e mais
crenças. Lembras-te de mais alguma? Preenche o espaço em
branco:__________________...
Pois bem, estarias
disposto/a a desmantelar todas essas crenças? A deitá-las no contentor da
reciclagem? Estarias disposto/a a rever e recriar a forma como compreendes, vês
e sentes o dinheiro em ti e na tua vida?
É esse o convite. Tal
como o tempo, o dinheiro pode ser diferente, mais, melhor para ti, muito mais
do que jamais te permitiste imaginar possível.
Mas para isso é
preciso ter coragem suficiente para deixar o para-quedas das crenças e saltar
no vazio, no novo. É preciso ter vontade de olhar com toda a honestidade, de
frente e sem medo, para todas essas crenças, e estar pronto/a para descartá-las
como apenas crenças, não verdades absolutas.
A verdade absoluta
não existe fora de ti, ela é tua, apenas para ti, habita em ti e pode ser
recriada a cada momento por ti, o criador, aquele que escolhe a sua própria
vida. Escolhe como queres sê-la e vivê-la e vai em frente e sê.
É deixar de ser o
passageiro e passar a ser o condutor. Deixar que o cavalo finalmente obedeça às
tuas ordens, pois ninguém pode ser o chefe do teu cavalo.
Pois bem, assumamos
que a resposta é “sim, eu quero finalmente pegar nos cornos do boi, olhá-lo de
frente, sem medo e com respeito convidá-lo a acalmar-se e a dançar comigo. Sim,
eu quero enfim liderar a dança da minha vida”.
E perguntas: “O que é
que o dinheiro tem a ver com isto?”
O dinheiro tem tudo a
ver com isto. Porque, embora haja aqueles que têm muito dinheiro e que no
entanto se sentem escassos, sentem que lhes falta sempre algo, são infelizes e
sentem que precisam sempre de mais nem sabem bem o quê, tu não queres ser um
deles.
Tu queres ter um
fluxo abundante e simples de dinheiro para viver, não para sobreviver.
Tu queres ter um
fluxo ilimitado e simples de dinheiro para seres feliz, para ficares livre de
preocupações, mas se tu és a principal preocupação, ou melhor, o principal
“preocupador”, tenhas o dinheiro que tiveres, nunca te vai chegar. Vai
faltar-te sempre algo.
Por isso, primeiro para
de criar problemas nessa verborreia insólita que te preenche a mente a todo o
instante.
Para, respira fundo e
escolhe: como queres ser agora?
Queres finalmente
entrar na tua vida, acordado/a, consciente, ou continuar a vaguear por aí,
cambaleante no sono atordoado da sobrevivência?
Segundo, percebe
isto: tu ÉS o teu dinheiro! Observa-o. Tudo o que crês sobre ele és tu, tal
como o teu tempo – és tu!
Podes acreditar?
Podes confiar?
Podes ser simples?
Podes-te render ao
encanto da vida?
A tua vida és tu.
O teu tempo és tu.
O teu dinheiro és tu.
Desculpa
desapontar-te… a culpa não é de ninguém. Nem tua! Nem sequer sabias que eras tu
o teu dinheiro. Nem sequer sabias quem eras mesmo tu! Aliás, algumas das tuas
crenças podem ser de tal modo subconscientes que só parando e observando com
clareza no silêncio interno as poderás encontrar.
Chegou a hora de te
descobrires, sentires, acreditares e amares.
Quanto estás disposto/a
a Ser?
Quanto estás disposto/a
a amar?
Quanto estás disposto/a
a receber?
A propósito: ainda
acreditas que o mundo precisa de ser salvo e que tu tens que o salvar?
Isso distrai-te.
Deita isso fora. O mundo não precisa de ser salvo e não precisa que tu vivas na
escassez para o fazer. Õ mundo precisa mesmo é de gente verdadeiramente viva e
plena, em respeito total!
E ainda acreditas que
tens que mudar o mundo?
A boa notícia é que
podes fazê-lo, passo a passo, a má notícia é que tu tens que mudar primeiro!
Agora algumas novas
sugestões sobre dinheiro:
*O dinheiro não é bom nem é mau, é o que fazes dele, é o que tu és.
*Ter muito dinheiro
não é mau nem bom, é o que tu fazes dessa experiência.
*Criar dinheiro na
tua vida é algo ilimitado, quer na forma, quer no fluxo.
*Tu és tão merecedor
quanto te permitires ser.
*Ainda que tenhas
muito dinheiro, ele não tem que ser alvo da cobiça alheia, ou será que és tu
que cobiças o dinheiro dos outros?
*Se não queres que os
outros te vejam, conheçam, reconheçam, etc… porque é? Qual é o verdadeiro
motivo da tua timidez?
*O Céu é aqui na
Terra, e onde quer que escolhas estar. A não ser que precises e queiras estar
no Inferno, e assim será a tua vida.
*Ser bonzinho vai
agradar ao teu ego, que gosta de reconhecimento, e de ser considerado nobre –
nem que seja só a fingir. Assim as pessoas apreciam-te, dão-te valor, e tu
consegues atenção e louvor. O carente afinal és tu. Para! Dá-te o
reconhecimento, o louvor, o respeito, o amor por que anseias.
*Tudo pode ser
simples, até gerar dinheiro.
*Para ser arrogante,
basta ser humano, e escolher ser arrogante, não importa quanto dinheiro tenhas.
*Abre-te para
receber, e dar-te-ás à vida sem pensar que o estás a fazer,. Só porque sim, só
porque amas tanto estar vivo que não há como não transbordar e irradiar isso
onde quer que vás, o que quer que faças.
*Até que abras espaço
para receber, não poderás dar! A qualidade do que dás será sempre escassa, até
que estejas a receber e pleno/a, transbordante.
*És tu que fazes a
tua sorte – ela é o que pões nela – e o que acreditas que ela é limita-a –
deixa-a livre!
*Afinal o mundo é
algo pecaminoso? Será que o mundo não é um lugar magnífico? E “mundano”, que
vem de mundo, não será magnífico também? Afinal de contas porque é que ainda
estás aqui?
*Escolhes ter uma
vida prazenteira ou sofredora? Será que alguém pode dizer que sentir prazer é
mau? E não tem que ser efémero – podes deixar que o prazer de viver tome conta
de ti de tal forma que cada passo, cada respiração, cada olhar seja um prazer
autêntico e pleno.
*Realmente o que pões
na vida retorna para ti porque a vida és tu mesmo. Se estás sempre a retirar de
ti, como esperas receber?
*O que é ser “normal”
e porque queres sê-lo?
*O futuro é hoje.
*Quando estiveres
pronto para largar a droga da adrenalina as preocupações ir-se-ão embora. O
drama existe porque ateias a fogueira para te aqueceres e veres que ainda cá
estás. Como andas meio/a a dormir tens que te recordar constantemente que ainda
cá estás…
…Acorda! Belisca-te!
Ainda precisas do drama?
*Queres continuar a
ser a vítima? Porquê? Ou melhor: que propósito serve?
*Queres continuar a
viver experiências de escassez? Mais uma vez: que propósito servem?
*Ainda que tenhas
muito dinheiro, se o conservas como uma relíquia é porque sentes escassez.
Falta-te algo.
Tudo, mas mesmo tudo,
tem um propósito. Pode ser-te útil agora ou não, mas tem um propósito.
Para finalizar,
apenas um pequeno aparte sobre a abundância.
A abundância não é só
o dinheiro. É tudo, tudo, tudo o que tu queres que ela seja.
Queres abundância de
limitação ou abundância de possibilidades livres e ilimitadas?
Pensa bem! Os limites
mantêm-te no teu lugar, no teu lugarzinho, diria. E o que é ilimitado está para
lá da compreensão. Podes aceitar ser sem limites?
Cria o espaço para
ser…ABUNDANTE. Tu és a abundância que buscas.
E sabes que mais? Já
tens tudo na tua realidade! É mesmo! Repara em todos os pontos em que te sentes
mais escasso/a. Considera que toda a criação tem em si o seu potencial reverso.
Transforma a forma como vives essa abundância de escassez em abundância de
prosperidade. Como? Escolhendo e confiando! Et
voilá.
Simples demais?
Exercícios
de Reflexão:
Em primeiro lugar
revê todas as crenças sobre o dinheiro acima mencionadas e verifica se tens
alguma/algumas e se escolhes continuar a tê-la/s, ou seja, se ainda te serve/m.
Em segundo lugar
verifica se tens outras crenças sobre o dinheiro que não tenham sido aqui
mencionadas mas que sentes que também influenciam e limitam a tua abundância.
Anota-as aqui. (no teu caderno)
Terceiro, lê ponto a
ponto as novas sugestões sobre o dinheiro e considera-as,
respondendo também às questões que aí se põem.
Quarto:
Para, respira fundo e
escolhe: como queres ser agora?
Quanto estás disposto
a Ser?
Quanto estás disposto
a amar?
Quanto estás disposto
a receber?
Podes acreditar?
Podes confiar?
Podes ser simples?
Queres abundância de
limitação ou abundância de possibilidades livres e ilimitadas?
Podes aceitar ser sem
limites?
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