As Dinâmicas do Abuso no dia-a-dia
Abuso físico,
psicológico, psíquico, todos já ouvimos falar ou temos experiência disso. Mas
sobre o abuso energético que está por detrás de todos os outros pouco se fala.
Já James Redfield
fazia referência ao abuso energético no seu famoso livro, A Profecia Celestina, dando-nos uma panorâmica geral de como se
processa o jogo do “roubo de energia” numa discussão, por exemplo. Quando
alguém discute algo aos gritos, é linear que um quer “ganhar”, ter razão, ter
poder sobre o outro. O que não é tão linear é que ao gritar com outra pessoa,
insultando-a, rebaixando-a e tentando provar a sua razão por meio da violência
verbal, está-se simplesmente a “roubar energia”. Por fim, um dos “interlocutores”,
sairá sentindo-se forte e vitorioso, cheio de energia, e o outro acabará por
sentir-se cansado e sem forças. O que acabou de processar-se foi uma
“transfusão de energia”, nada mais, nada menos.
É muito simples. O
nosso corpo e toda a nossa realidade física é constituída por energia, átomos,
eletrões, protões, neutrões...energia. A comida que comemos é energia, bem como
tudo o que move e anima a matéria. Posto isto, se não soubermos como gerar
energia vital para nós, vamos ter que encontrá-la em algum lugar. O lugar mais
disponível são os humanos que nos rodeiam. Então, desde que nascemos,
aprendemos com os nossos pais e com todos com quem interagimos. E uma das
coisas que aprendemos são as formas mais eficazes de “roubar energia” uns aos
outros. Fazemo-lo inconscientemente, automaticamente.
Uma das estratégias
mais simples e eficazes de participar neste grande jogo de “roubo energético” é
a estratégia da vítima. Pode parecer chocante, mas vejamos. Já alguma vez te
sentiste muito cansado/a depois de te encontrares com aquele amigo ou amiga que
passa a vida a queixar-se de tudo e mais alguma coisa? Já alguma vez te
sentiste exausto/a depois de um dia de trabalho com o público, a tentar
satisfazer todas as queixas e demandas de cada cliente? Já alguma vez te
sentiste esgotado/a depois de entrar num sítio cheio de gente triste e
queixosa? Já alguma vez te sentiste “abalroado/a” pelo peso das
responsabilidades, carregando com os fardos da família inteira às tuas costas?
Pois é, o dia-a-dia comum está cheio de exemplos de “abuso energético”. Alguns
mais óbvios, outros bem mais subtis. E embora todos já o tenhamos sentido na
pele, também o temos feito inúmeras vezes. Aliás, passamos a vida neste
intercâmbio desequilibrado de energia, sempre a “roubarmo-nos” uns aos outros. E
quando alimentamos a vitimização do outro estamos também a perpetuar o jogo,
ainda que nos custe muito admiti-lo, pois aparentemente estamos só a ajudar.
Mas a verdade é que muitas vezes o fazemos porque nos sentimos valorizados, de alguma
forma. O jogo é mesmo assim.
Há, no entanto formas
de parar com estas dinâmicas de abuso. Imagina que cada ser humano descobria
como gerar a sua própria energia, e que todos os seus intercâmbios com os
outros eram trocas criativas, em que se dá e recebe de forma equilibrada.
Imagina que cada um se tornava responsável pelos seus próprios “dramas” e por
criar as suas próprias soluções, embora podendo aceitar sugestões alheias,
claro, mas não exigindo atenção, ajuda, amor, etc. Assim cada um poderia descobrir
que tem tudo o que precisa dentro de si, e que o Universo é uma fonte infinita
de energia vital, e cada um poderia amar incondicionalmente, amar de verdade,
sem ser um fardo ou uma obrigação para ninguém. Num mundo assim não haveria
necessidade de lutas de poder, pois que cada um reconheceria o seu verdadeiro
poder e o dos outros. Não haveria desequilíbrios financeiros, nem pobreza, nem
fome, nem falta de coisa alguma, pois que toda a escassez nasce da necessidade
compulsiva de existirem vítimas e abusadores no tecido social mundial.
Bem, pouco importa o
que o resto do mundo está a escolher, mas o que cada um de nós escolhe para si
mesmo faz toda a diferença, primeiro na nossa própria vida, e depois à nossa
volta, passinho a passinho, uma respiração de cada vez. Cada um de nós que
acaba com as dinâmicas do abuso no seu dia-a-dia, não entrando nesse jogo para
“roubar” energia aos outros ou para se deixar “roubar” pelos outros, cria uma
nova possibilidade para todos pois que abre uma porta de consciência a que se
pode aceder, querendo. Cria também um exemplo prático de que é possível sair
desse jogo e de como se poderá fazer.
E é assim que a
abundância passa a fluir na tua vida.
Este tema é bem
amplo, mas deixo-o em aberto para que observes por ti mesmo até que ponto
existe na tua vida e até que ponto estás disponível para admiti-lo e
eventualmente largá-lo.
Como é que se larga?
Simples. Começa a amar-te, a cuidar-te e a respeitar-te verdadeiramente. Nutre
o teu corpo, acarinha-te, celebra-te em gratidão, trata o teu templo com a
reverência que ele merece. Desliga-te da necessidade constante de distração
externa, da necessidade de amor externo, de atenção externa e AMA-TE! Apaixona-te
literalmente por ti. Respira. Vive. Sê. O que é que tu escolhes? O que é que tu
queres para ti? Mesmo para ti?
Quando estiveres a
amar-te assim, saberás amar e respeitar os outros com toda a Compaixão,
incondicionalmente.
Refiro aqui também
que este jogo do abuso energético tem a sua raiz no desequilíbrio entre as
energias feminina e masculina em cada um de nós, independentemente de sermos
homens ou mulheres. Não vou alongar-me aqui sobre o tema do desequilíbrio
primordial feminino/masculino. Convido-te apenas a sentires como estão o teu
feminino e masculino. O que te surge de ambas as partes e como se relacionam
entre si, dentro de ti (se é que se relacionam de todo)?
Criámos um CD de
Meditação/Respiração Consciente com acompanhamento de taças tibetanas e de
cristal, de entre outros instrumentos musicais de som cujo objetivo é
precisamente o reequilíbrio entre o feminino e masculino em nós. Chama-se
Simbiose. Visita a nossa página no facebook para mais informações: www.facebook.com/ReamaHara.
A versão digital do CD está disponível em http://reamahara.bandcamp.com. ReamaHara
é o nome do nosso grupo.
Bibliografia sobre Metafísica da Saúde:
A DOENÇA COMO CAMINHO
- Rudiger Dahlke – Ed. Cultrix
A DOENÇA COMO
LINGUAGEM DA ALMA - Rudiger Dahlke – Ed. Cultrix
A DOENÇA COMO SIMBOLO
- Rudiger Dahlke – Ed. Cultrix
O TEU CORPO NÃO MENTE
- Luis Martins Simões – Ed. Anjo Dourado
O TEU CORPO AMA-TE –
Lise Bourbeau - Pergaminho
ESCUTA O TEU CORPO –
Lise Bourbeau - Pergaminho
MENTE SÃ CORPO SÃO - Francisco
Varatojo – Ed. A Esfera dos Livros
TUDO PODE SER CURADO,
o sistema do corpo espelho -Martin Brofman - Pergaminho
A LINGUAGEM SECRETA
DO SEU CORPO – Inna Segar - Pergaminho
HEAL YOUR BODY A-Z – Louise L. Hay – Hay House
***
Por favor responde às
questões com a máxima honestidade. Afinal
de contas és só tu contigo mesmo/a J
Em que situações te
revês como vítima ou abusado/a?
Em que situações te
revês como abusador/a?
Inverte agora as
coisas. Vê a vítima como abusadora e o abusador como vítima. Anota como sentes
isso em ti.
Como sentes o teu
lado Masculino?
Como sentes o teu
lado Feminino?
Como se relacionam
entre si?
O que é que escolhes
para ti?
A SEGUIR:
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