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sábado, 2 de julho de 2022

Epiphany

Epiphany 

Standing on the edge of nowhere it took him only a split second to decide. Jump. No net. No straps. Nothing. Just him and the void.

It has been known for time immemorial that wings grow to those who dare to leap into the unknown.


The Master on the mountain had told him so. And he not only had believed him, but he knew it was precisely so.


And even if the wings were not to unfold it wouldn’t matter.


As fleeting as this passage through physicality was, so was the illusion of death. In only an instant it would no longer be anything. Transition.


Any transition holds within it the same trepidation. One moment here, the next no longer. Yet, always existing yonder.


The leap had been taken. The plunge had been unexpected. 


All along he had known he would be fine. What had surprised him had been the lightness of his wings… 


Yes. They did appear. And when he landed in the new somewhere that had before been nowhere, it had been a soft step onto welcoming ground.


His heart was fulfilled. No more need to keep on whispering “Jump. I will hold you.”


It was done. As it had been so many times before and would surely be many times to come.


Each time was entirely the first for the uniqueness of every single metamorphosis.


The beauty now was perhaps even more dazzling because of his decisiveness. No more fidgeting at the edge. No need to. He knew there was nothing else to be done but leap whenever the boundary of change was reached. 


💖💗💖


My dear friend, whenever epiphany invites you to leap into the crevasse of her unknown depths, may you feel inspired to dive, jump, soar… whatever feeling overcomes you first.


There is nothing to ponder. Nothing to hold onto. Nothing to fear. Your heart never invites you for anything less that glorious freedom. One leap at a time.




Text by T. C. Aeelah

Photo by Joshua Woroniecki (Pexels)




sexta-feira, 1 de julho de 2022

Epifania

Epifania


Demorou apenas um segundo para decidir. Saltou. Sem rede. Sem cordas. Nada. Apenas ele e o vazio. A beira desvanecera-se, lá longe.

É sabido há tempos imemoriais, que as asas nascem a quem ousa saltar no desconhecido.


O Mestre na montanha dissera-lhe. E ele não só acreditara nele, mas sabia que era precisamente assim.


E mesmo que as asas não se revelassem não importaria.


Tão fugaz era esta passagem pela fiscalidade, como a própria ilusão da morte. Num mero instante deixaria de ser seja o que for. Transição.


E qualquer transição encerra em si alguma trepidação. Um momento está-se aqui. No momento seguinte não mais. Porém existindo algures.


O salto havia sido dado. A queda fora inesperada.


Ele sempre soubera que estaria bem. Fora a leveza das suas asas que o havia surpreendido…


Sim. Elas apareceram. E quando ele aterrou no novo aqui que antes fora nenhures, o chão era macio no seu pousar.


O seu coração estava preenchido. Não havia mais necessidade de sussurrar “Salta. Eu seguro-te.”


Estava feito. Tal como houvera sido muitas vezes antes e seria com toda a certeza muitas outras ainda por vir.


Cada vez era inteiramente a primeira pela singularidade de cada metamorfose.


A beleza desta vez era talvez mais deslumbrante devido à sua determinação. Sem inquietação à beira do precipício. Deixara de ser necessária - a inquietação. Ele sabia que nada mais havia a fazer senão saltar de cada vez que chegasse à fronteira da mudança.



💖💗💖



Caro amigo/a, sempre que a epifania te convidar a saltar para a fenda das suas profundezas por descobrir, que possas sentir-te inspirado/a a mergulhar, saltar, voar… O que melhor te aprouver no momento. 


Não há nada a ponderar. Nada a agarrar. Nada a temer. O teu coração nunca te convida para nada menos do que a gloriosa liberdade. Um salto de cada vez. 



Texto por T. C. Aeelah

Foto por Daniel Coello