Translate

quarta-feira, 29 de outubro de 2025

The Scrolls of Ahyeen - She Remembered

 

From the Scrolls of Ahyeen

These writings are not stories to consume but moments to inhabit.

They are not lessons but living fields.

Read slowly. Breathe them. Let them move through you.


She Remembered

Mayumi loved to rise before daybreak — in the hush of the night right before life stirs for a new day, that sweet still moment before birdsong fills the air and the sky begins to gently lighten.
Such was her love for this particular hour that her body knew it instinctively; every morning she would awaken on her own.

Sometimes she would open her eyes and then close them again, as if diving deeper into the magic of the moment, a smile of contentment resting on her lips. It was as if the sun were already shining through her cheeks all the way into her heart, and she would simply stay — lying in bed, breathing in reverence for each breath, contemplating. Whether she drifted back into the warm arms of sleep or not did not matter. What mattered was the inner stillness perfectly matching the one around her.

Other mornings, Mayumi felt like bouncing out of bed, stretching her arms up toward the sky, quickly dressing to go outside and witness the glorious sunrise — drinking it in like a delicious, colorful elixir, the sparkle in her dark eyes attuning to the shimmer of the ocean beside her home.

She would sit upon the beach, or stand in reverence, or walk gently along the sand — the waves rhythmically lapping at her feet in their “good morning” greetings — and her entire being would attune to the melody of water, earth, air, and fire beating in her cells as one with nature, her nature, all of nature.



And then there were mornings like today, when standing on the shore was not enough; when the foam curling across the sand became a soft hand inviting her to dive in, to greet the sea from the inside out.

On this particular day, Mayumi felt so completely in love with the aurora painting the sky that laughter bubbled up from nowhere. As she leapt over the waves and dove into the sea, she laughed for no reason other than this: being here, being alive, being at one with herself and everything around her — merging with the elements, remembering…

Ah, remembering she had never been anything but all of this.
She had never been separate, or broken, or lost. It had seemed so — very much — and she had believed it too. The separation had felt so real.

But now, as the laughter spilled out and infused her with bliss, she knew who she was. Who she had always been.

She remembered.





✧𓂀✧

Keynote: Reunion


terça-feira, 28 de outubro de 2025

PT - 3 Décadas de Sabedoria Inspirada X - A Espera Parte 2

 

A Espera – Parte 2

Esperara como todos os outros.
Todos esperam, inconscientemente.

O tempo passara — fugira diante dos seus olhos —
E ela nunca o conseguira agarrar.
Nunca o conseguira prender,
Nem por meros instantes.

Ele não esperara.
Simplesmente… seguira o seu caminho.

Tivera as suas mágoas —
Marcas das quais nunca se libertou.
No fundo, era uma pessoa normal.
Uma simples pessoa.

E ainda assim… haviam-na esculpido.
Ao sabor das imaginações mais férteis —
Diferente.
Soberba.

As suas mágoas.
E tudo o resto.


Por: Melissa O'Neill / 1988 (o meu primeiro pseudónimo)




Foto de Mjombadi - Pexels.com 




PT - 3 Décadas de Sabedoria Inspirada IX - A Espera

 

A Espera

Não podia esperar mais.
Esperara toda a vida, mas agora… acabara-se.

Esperar para quê? Porquê?
No fundo, não conhecia a resposta.
Parecia-lhe ter esperado desde o dia em que nascera.

Passara a infância a aprender, a brincar, a conhecer a alegria e o medo — e a esperar.
Esperara pelo primeiro dia de escola, pelo fim do ano, pelas prendas de aniversário, pelo Pai Natal que nunca chegara.

Esperara pela adolescência, com todas as suas mudanças subtis e desejadas.
Pelos rapazes que amara — e abandonara.
Pela chegada dos 18 anos. Pela idade adulta. Pelo saber absoluto.

Esperara pelo marido.
Por uma vida estável e segura.
Pelos filhos — e pelo seu crescimento saudável.
Por um trabalho gratificante.
Por um emprego digno do seu esforço.

Esperara pela rotina…
E também pela sua quebra.
Pela riqueza, pelo sucesso — e, sobretudo, pela sorte.

Esperara, esperara, esperara.
Sempre esperara.
E não sabia porquê.

Só sabia, isso sim… que envelhecera.

E agora, que fazer?

O tempo — esse não para.
Não volta atrás.

Será que ele também espera?


Por: Melissa O'Neill / 1988 (este foi o meu primeiro pseudónimo)



Foto de Yogendras 31 - Pexels.com


segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Não deu certo!?

 Não deu certo?


Esta afirmação sempre me intrigou… Sabes, é aquilo que se diz quando uma relação termina ou terminou.

A questão é muito simples: o que é que seria “dar certo”?

É que parece-me que raramente se reflete sobre o que se considera uma relação válida por oposição a uma supostamente não válida.

Então quer dizer que todas as relações que terminam são erros? Nunca deviam sequer ter existido?

E se não tivessem existido os parceiros seriam mutuamente mais felizes por nunca se terem aventurado pelos caminhos do que se diz ser “amor”?

E depois há mais uma questão: e o que era “amor” para cada um e para ambos?

Vamos assumindo ideias pre-feitas sobre o que é e não é ideal e quando algo não se encaixa no rótulo é estampado como um engano ou uma série de tropeços que levaram a um trambolhão que eventualmente poderia ter sido evitado. É isso?

Pois bem, e falo por experiência própria: não há um único relacionamento que seja dispensável no nosso caminho. Se escolhemos explorá-los - os relacionamentos - é porque vemos neles algo que nos espelha. Só que muitas vezes não estamos cientes que porventura possam estar a espelhar mais da nossa sombra do que do nosso lado mais solar. 

“O lado lunar” como diz o nosso bem amado Rui Veloso, é aquele que mais importa descobrirmos sobre nós mesmos, pois só ele nos revela o que precisa ser amado em nós. Não pelos outros, mas por nós próprios. O que precisa de ser reconhecido. Aceite. Abraçado. Integrado. E isso acontece de forma muito mais rápida, produtiva e contundente quando temos um espelho humano diante de nós, especialmente se for bem próximo do nosso coração.

São precisamente os relacionamentos que “não deram certo” que reúnem as cartas mais valiosas do nosso baralho interno. Só que é preciso coragem para parar de culpar o outro por aquilo que “nos fez”, parar e virar o binóculo para dentro de nós mesmos e perguntarmo-nos: “mas afinal porque é que eu me interessei sequer por esta pessoa? E porque é que me envolvi com ela?” E se tiver sido daquelas relações bem difíceis “porque é que eu não consegui ver o que estava a acontecer?” Ou “porque é que eu permiti…?” (Preenche of espaço conforme te servir melhor no teu caso em particular). 

E estas perguntas não serão como forma de auto-julgamento ou punição a nós mesmos, mas sim como forma de abrirmos as portas a um discernimento mais alargado sobre o que nos impele a envolvermo-nos com certos perfis de pessoa e o que nos leva a agir de certas formas com essas mesmas pessoas. Tudo isto para depois podermos perceber o que realmente queremos e não queremos, quem realmente somos. O que nos adiciona e o que nos subtrai e qual é a origem real do buraco que sentimos e que nenhum relacionamento, por mais idílico que seja, pode preencher até que nós o preenchamos com o amor que sempre esperou por ser recebido de dentro para fora.

Essa história do “felizes para sempre” simplesmente não existe!!!!!! Há casais, sim, que ficam juntos toda a vida. Mas garantidamente enfrentam inúmeras tempestades no seu relacionamento. Só que navegam-nas e alguns transcendem-nas e crescem com elas - e quando ambos crescem no mesmo sentido e proporção, conseguem permanecer juntos uma e outra vez. Noutros casos, deixam-se ir ficando por comodismo, medo da solidão ou falta de confiança em si mesmos mascarada de “estar sempre lá para os outros”, “não fazer ninguém sofrer”, “ficar pelos filhos” e afins.

E o “dar certo” é um mero conceito vão de sentido. Se acaso fosse válido, quereria dizer que tudo o que muda está de alguma forma “errado”, quando a maior certeza desta vida é mesmo a mudança. 

Acreditar neste “deu certo” ou “não deu certo” é o mesmo que acreditar que “os outros morrem mas eu não”! Absurdo, não é?

E tudo isto para dizer que não é preciso ter medo dos relacionamentos, de abrir o coração e de sentir ampla e completamente. De ficar vulnerável. Sem chão. E outras coisas mais que se sentem quando bate aquele borbulhar de paixão, mais ou menos intenso. Quando surge aquela chama que impele o relacionar. Desde que não seja com a mulher ou com o marido da ou do vizinho 😂 e mesmo nesses casos, é questão de nos perguntarmos em primeiro lugar porquê o interesse no parceiro ou parceira de outra pessoa quando estamos num relacionamento. Se estamos preparados para as consequências. E ou se há algo de mais importante a mostrar-se em nós e no nosso relacionamento que precisa de ser abordado antes de qualquer outra enxa(queca) adicional😜. 

Enfim. Tenho dito. E mais, em jeito de conclusão: estou muito, mas mesmo muito grata por todos os relacionamentos que tive até agora e por incrível que possa parecer não dispensaria nenhum, mesmo os mais dolorosos, que foram aliás os meus maiores Mestres. 

E viva o Amor 💖 - aquele que vive cá dentro! O único que cresce e floresce constantemente e que não tem validade nem precisa de “dar certo” ou “errado”😉. Puro, pleno, incondicionalmente compassivo, aquele que recebe todas as nossas sombras com um abraço carinhoso e nos mostra que afinal nada em nós está fora do alcance da aceitação plena. Que não depende de ninguém e que não busca ser reciprocado ou compreendido. O Amor real. Verdadeiro. Esse que nos pode sim, permitir amar não só a nós mesmos como aos outros de forma livre. 

Ah pois, e já agora uma última coisinha: o amor não dói!!!! O que dói são as ilusões que vamos criando em torno dele. O Amor, esse, vive intocado, inteiro, leve e infinito no âmago do nosso Ser. Sempre. 



😍Mais sobre o tema dos relacionamentos no meu livro Ser!... Amor: Para Além da Ilusão 😍


quinta-feira, 23 de outubro de 2025

PT - 3 Décadas de Sabedoria Inspirada VIII - O Sonho

 

🌫️ O Sonho

Não havia casas.
Não havia pessoas.
Não havia nada — senão uma extensa plataforma de relva, suspensa numa nuvem espumosa e macia.

Sobre essa plataforma, corria uma criança.
Os seus cabelos louros e cintilantes esvoaçavam com a brisa.
Dos olhos verde-esmeralda emanavam raios de vida, de luz, de inteligência.
As faces, do mais puro rosado, uniam-se a lábios de contorno perfeito — simples e sorridentes.

Essa criança transbordava alegria.
O seu corpinho frágil era quase angélico.
À sua volta, não havia o mais pequeno indício de tristeza, pobreza ou miséria.

Mas eis que ela cai.
Cai da plataforma como uma leve pena,
Com o rosto contorcido de terror.

Cai, cai… até aterrar numa nova plataforma,
Que em nada se assemelha à anterior.

Agora há casas.
Há pessoas.
Há ruas e ruelas onde o sol nunca penetra.

Em todos os cantos espreitam sombras assustadoras —
Possíveis fantasmas dos primeiros habitantes daquele lugar sombrio.
Ninguém ri. Ninguém fala.
A criança chora. Mas ninguém a vê.

Desesperada, grita.
Agarra-se aos que passam.
Mas ninguém a vê.

Então corre, em busca de outra queda.
Perde-se nas ruelas que se bifurcam sem fim.
Cercam-na. Sussurram.
Ri-se delas uma histeria invisível.
As ruelas prendem-na com garras húmidas e escorregadias…
E a criança cai de novo.

Desta vez, não há mais plataformas.
Só um céu imenso, de um azul profundo e penetrante.

A criança caminha no céu — no vazio do céu —
Sem saber o que encontrará ao dobrar a esquina formada por uma nuvem gigante.

Aos poucos, afasta-se.
Afasta-se…
E desaparece no vazio.

As luzes apagam-se.
O espetáculo acabou.
Era um sonho.
Pura e simplesmente, um sonho.


1985 / Melissa O'Neill (O meu pseudónimo até 2012)





quarta-feira, 8 de outubro de 2025

The Scrolls of Ahyeen - The Return of Language


From the Scrolls of Ahyeen

 In this particular expression today, I share about the many months where I could not find words, where writing seemed to have vanished and even speaking was sparse. And alas, also, of what came next and is here now🙏

The Scrolls of Ahyeen - The Eye of the Storm

 

From the Scrolls of Ahyeen

These writings are not stories to consume but moments to inhabit.
They 
are not lessons but living fields. 

Read slowly. Breathe them. Let them move through you.


The Eye of The Storm

Aware of his silent Presence, Aayan sat in quiet contemplation amidst the hustle and bustle of one of the most crowded squares in his town. It was a peculiar experience. To be there, so still, and yet there was so much movement around him that it seemed like he was in a parallel dimension where everything else was in slow motion and even the sounds were muffled by his almost tangible silence. It was a blessing to finally feel like this. Especially because he had known so many tides and storms in the past.

There had been a time when Aayan, though very still when compared to most people, had experienced himself as storm. He once moved like a cyclone — cutting paths, stirring depths, whipping the hidden into air, providing a clear mirror for transformation that arrived mostly as upheaval. It had been disconcerting to always whip up strong winds of change, even when not intending to do anything at all.

It had been a necessary frequency, no doubt, but a very challenging one also. And it had been perfect. Just perfect. It did not need fixing. It could not be refined either. It was what it was.

There had been a drive. A passion for transformation. A mission to accomplish. Like a huge comet leaving its fiery trail across the universe’s backdrop, travelling across space with the speed of a million light years and the intensity of the big bang itself.

One day, however, the comet crashed into a planet – let’s say Earth – and its fire became extinct. It was no longer in motion to land somewhere. No longer blazing trails.
All of a sudden, its purpose was complete.




To Aayan this had seemed like dying. Literally. He had found it hard to cope with daily necessities even. So, he had decided to go far away, to a remote sanctuary where he could be with himself and find his new rhythm, if there was one to be found.

For many months Aayan had lived simply. Tending to the gardens of the sanctuary, to the animals, cooking, cleaning, going for long walks when he was capable. Many days his health failed him and all he could do was lie in bed, breathe and wait for it to pass.

Even his mind had been so blank that no real capacity for reasoning was present. On one hand this had been a blessing, keeping what otherwise would have been noise, down to the bare minimum inner clutter. On the other hand it had felt strange, almost like losing his sense of things, not being able to process anything through thought, as if he had lost all notion of intelligence. Possibly how it feels when someone has a mental breakdown. He wondered. And then again, it didn’t matter. This was what was here. This was what needed to be embraced.

And so Aayan woke up each new day, not with a sparkle of passion or joy, but with the quiet inevitability of still being alive and nothing much to manage but go about the natural unfolding of simple tasks.

Aayan felt so blank that not even worry had space to inhabit his inner world. There was nothing to worry about. Whether this would pass or not seemed irrelevant. There was nothing else, nowhere else, no one else.

What had brought about such a turnaround in Aayan’s life, you may ask? The answer is very simple. He had done everything he had come here to do. Fulfilled every contract, lived every dream, developed every passion, healed every wound, let go of every projection, said goodbye to every hope, embraced every failure, celebrated every victory, detached from every outcome, released every need, every dependency, relinquished every rejection, settled every judgement or blame, resolved every guilt, every shame, every separation within himself. He had held the world until he could no longer carry, he had bowed to death and he had loved beyond illusion. Through countless experiences. Countless people. Countless places. The entire span of his existence in this lifetime had come to a crescendo and quite literally imploded, for there was nothing else to grow into through that trajectory.

It had all imploded not because it was wrong or faulty. Much on the contrary. It could not be more authentically whole. And so it came to its own end as a natural cause of its own effect.

This ending of all that had been, left Aayan floating in no man’s land. His inner world swirling in the aftermath of the implosion. Until he could settle at the bottom of it and rest. And breathe. And see.

And what he saw was so beautiful, that Aayan could only feel grateful, despite the pain he had gone through whilst suspended in-between the what had been and what was to come.

The motion had gone. No more spin. No more drive. Only a still gravity. Intense. Quietly intense. He became the eye of the storm. And even as storms raged around him, across the world, to his inner knowing there was a quiet inevitability. The centre unmoved. He had become. Transformation revealed by stillness, not created by movement any longer.

And thus, the storm itself bowed to stillness.
And Aayan could live.
Live anew.
Not again.

He had become Life itself — silent, sovereign, whole.


✧𓂀✧




Keynote: Equilibrium 💙


www.inpassionmentoring.com

domingo, 28 de setembro de 2025

The Scrolls of Ahyeen - Existence Simply Existing

 

From the Scrolls of Ahyeen

These writings are not stories to consume but moments to inhabit.

They are not lessons but living fields.

Read slowly. Breathe them. Let them move through you.


Existence Simply Existing

She decided to allow freedom to guide her every step, and in this a whole new landscape of possibilities arose.

Life became lithurgy. Never random, never planned. The paradox fully harmonious as the impermanence of moments became the song of the permanence of beingness, colouring each breath with reverence and wonder.

On this particular occasion away from home, Zalika chose to camp. It was a calling from the land itself. It wanted to hold her close to its warmth and show her how cared for she was. And so it was with great joy that Zalika pitched her tent in an open camping ground, where no one else seemed to be interested to be on that particular occasion but her.

It stood right beside the vast wide ocean and the air was as pure as the crystal clear water. The wind was playing with her hair and dancing around her skirt as the gentle warmth of the sun caressed her skin with the unmistakable touch of welcome.

She smiled at each detail, slowly savouring the stakes buried, one by one, into the soft grass and soil beneath it — her temporary home for tonight becoming stable and prepared to host her. And though the “walls” were paper thin, inside it felt like a solid cocoon with no barriers of sound, so that the waves of the ocean, the chanting of the birds, the rustling of the leaves on the trees above, the crickets and all else could play its symphony for Zalika in proper stereo surround with the best quality system – nature itself.

And this is how, that night, Zalika discovered what it felt like to feel completely held by the land. So safe it defied even common understanding of what safe means. No thread of her nervous system felt stirred to keep guard. The peacefulness was entire.

Throughout the night she woke often. Not in turmoil but in restfulness. The sense of fulfilment came about so strongly that it wanted to be acknowledged.

And after several nudges inviting her to step out of the tent in the middle of the night, Zalika finally gave in. She unzipped the tent’s entrance and stepped outside into a mild atmosphere of delight. The moment she looked up into the sky she was overtaken by awe. It was simply magnificent! The stars so bright against the dark backdrop of nightness that she could not go back into the tent without detaining her gaze up into the sparkling canvas above her. So she decided to pull out her mattress and sleeping bag and lie on the ground, just letting the stars soak into her system. Every now and then a shooting star or a moving comet leaving a fleeting trace of light across the darkness.

She felt like she was witnessing herself inasmuch as the sky was being witnessed through her. There were not two separate landscapes. Only One. And she was all of it and yet no single thing.

The depth of silence was that of a temple where one enters barefoot to offer reverence to the holy. The depth of stillness was absolute.

And in this Zalika recognized what unconditional wholeness truly meant. What it felt like to the very core of her bones, in the very centre of each cell, in the very space that held the physicality together, now embodied by what precedes sound and movement.

The total fusion she was experiencing was a love so vast that there was nothing else but it. Every single detail was an emanation of it.

And Zalika knew, then and there, Presence so full that nothing else really mattered and yet everything was absolutely sacred in the intrinsic value of All that Is.

She felt so completely safe in her solitude that the very notion of aloneness dissolved. And in that moment she became a Temple of Presence, walking, breathing, tasting life in marvel and wonder.

She became the unmoving centre in the shifting form. Stillness in motion, freedom at rest. All at once.




Ah and the grand realization dawned on her. In Wholeness nothing is missing. Not attracted. Not sought. Not even manifested. It simply is. 



The shimmering night sky was a living testament of wealth that requires no context, overflowing as radiance. Not added, not earned, but revealed as the natural breath of Existence. Existence simply existing, and in that existence, all that is needed is naturally present.

Not partial. Whole. Not alone. Present. Not drawing something to oneself. Existing. Not as something added from outside. Intrinsic radiance. All spun from simply Being.

And so the sky sighed in Zalika’s breath and her breath enfolded heaven and earth into a body that now knew life as infinite. Death as blessing. Birth as emergence. Existence simply existing.


✧𓂀✧



Keynote: Consecration💫


quinta-feira, 18 de setembro de 2025

PT - 3 Décadas de Sabedoria Inspirada VII - O Eterno

 

🌟 O Eterno

Existe um lugar algures para lá do espaço e do tempo — poderás tentar imaginá-lo, mas o seu conceito escapa à compreensão.
Este lugar não tem nome nem forma. Não está dentro nem fora. É tudo, e ao mesmo tempo, nada.

Vou dar-lhe um nome e preenchê-lo com algumas cores e traços difusos, para que tu e eu possamos encontrar o início desta fantástica aventura. Mas lembra-te: este lugar não pode ser entendido.
Não há caixa que o abarque, nem explicação que o disseque.
Por isso deixa-o livre. Completamente livre. Mesmo livre.
Assim poderás sempre baloiçar no seu encanto sem o esquartejar em pensamentos.

Chamar-lhe-ei Paradisia.

Não tem países, nem fronteiras, nem cidades, vilas, casas, florestas, rios ou mares. Mas há água. E chão.
E há quem por lá habite.

Há céu e há um fogo de cores. Aliás — é estranho, mas é esse próprio fogo de cores que cria o que é necessário a cada agora.
E logo se dissolve no nada, quando já não tem propósito.
Essa chama criativa não queima nem destrói — pois destruição é algo que simplesmente não existe aí.
Assim como algo aparece, logo se descria e se recria noutra forma, ao sabor da vontade do criador.

O chão pode ser cá em baixo… ou lá em cima, de pernas para o ar, por assim dizer.
E o ar banha tudo.

Há muito de intangível nesse lugar — e como disse, as coisas podem ser tangíveis agora… e desaparecer no instante seguinte.
A água? Ah, a água…
Não é constante como no oceano, mas brota aqui e ali.
Aparece e desaparece sem nunca secar — apenas brincando nuns e noutros espaços de chão ou ar.

Bizarro…
Mas leve. E livre.

Pedes-me para descrever quem por lá habita…
Hmmmm… nem sei como lhes chamar.
Se seres, se Anjos, se fogos de vida… sei lá.
São transparentes, mas visíveis.
Não precisam de falar, pois tudo o que pensam se sente de um para outro — e nada escondem.

Por isso não precisam de casas, nem de roupas.
Não há intempéries, nem frio, nem calor.
E ninguém compete por coisa alguma.

De certa forma, não há muitos — há apenas Um.
E esse Um tem muitas partes, mas todas são do mesmo Um.
Como as gotas do oceano.

Começas a perceber porque te pedi que não tentasses compreender este lugar, não é?

Essas partes seguem experiências distintas, mas em simbiose perfeita.
Em equilíbrio absoluto.
Sabendo sempre de onde vêm e para onde vão.
Em constante êxtase criativo.

Saboreiam o entusiasmo alegre de Ser.
Não têm qualquer noção de expectativa ou julgamento.
Tudo o que os move é o Amor de Ser.

(Nem vamos começar a falar de Amor agora…
Este é um Amor que só se pode sentir na harmonia da Verdade.
É Amor do mais puro que possas conceber — e por agora, basta saber isso.)

Talvez um lugar assim te pareça difícil de imaginar…
Ou até, quem sabe, aborrecido de tão perfeito que é.

Mas queria apenas dar-te uma espreitadela.
Só para sentires um pouco da sua magia.






terça-feira, 2 de setembro de 2025

Santa Maria – Ilha da Inteireza Divina

 Santa Maria – Ilha da Inteireza Divina


Existe uma terra que contém todos os começos.

A ilha mãe, primogénita do mar,

o seu solo sussurra origem,

as suas águas cantam retorno.


Aqui, nada falta.

Aqui, cada fio é abraçado.

Santa Maria carrega o pulso de um círculo completo,

onde a separação se dissolve no abraço.


Vem.

Deixa que os teus fragmentos caiam nos braços dela.

Deixe a que a tua história se enrole na sua canção.

Aqui, tu lembrar-te-ás de que sempre foste completo.


O que Vive Aqui Além da Totalidade


🌊 O berço das origens

Santa Maria é a raiz antiga — a ilha onde a cadeia começa, a mãe do arquipélago. A sua vibração é de lembrança: todos os caminhos voltam em espiral à fonte.


☀️ O Abraço Divino

Ela carrega uma suavidade que não é fraqueza, mas inclusividade. Na sua presença, nada é exilado — luz e sombra, alegria e tristeza, tudo está entrelaçado no seu tecido.


🌺 O Útero da Totalidade

Aqui, a parte de ti que ainda acredita estar quebrada vem descansar. Cada pedaço encontra o seu lugar, cada ferida é beijada em silêncio. Ela ensina que a plenitude não é conquistada — ela é revelada.


Aqui, é seguro seres completo.

Aqui, é seguro seres abraçado.

Aqui, é seguro seres inteiro.


Bem-vind@ à Ilha onde a Plenitude tem o rosto do Divino.




Tomar – Terra da Alquimia Mística

 Tomar – Terra da Alquimia Mística


Há uma terra onde a pedra se lembra,

onde os rios sussurram segredos ao céu,

e o sopro dos cavaleiros ainda paira nas paredes.


Aqui, os símbolos não são decoração —

são portas vivas.

Aqui, a história não é passado —

é um caldeirão de presença,

transformando sombra em luz,

forma em essência.


Vem.

Deixa que o labirinto te guie para dentro.

Deixa que o silêncio dos antigos claustros

desperte o teu ouro escondido.

Aqui, lelbrar-te-ás de que és tanto um recipiente quanto uma chama.


O que Vive Aqui Para lá das Paredes


🜃 A Alquimia da Quietude

Tomar não é ruidosa com os seus mistérios. Eles estão escondidos à vista de todos — numa pedra esculpida, num arco sombreado, no silêncio entre os cânticos. A alquimia acontece aqui não pela força, mas pela Presença que transmuta o que está oculto.


⚔️ Os Cavaleiros Silenciosos

Os Guardiões Templários desta terra não são meros ecos do passado. A sua vigília continua, não como soldados, mas como guardiões dos limiares. Eles convidam-te a ficar desarmado diante do teu próprio coração e a lembrares-te de que a coragem é a alquimia do medo transformado em confiança.


🜁 O Caldeirão Interior

Dentro de ti, tal como dentro de Tomar, existe um recipiente onde os elementos se encontram: a terra do corpo, a água dos sentimentos, o fogo do espírito, o ar da respiração. Neste recipiente, a separação derrete-se e o Místico revela-se como nada mais — e nada menos — do que a Totalidade encarnada.

Aqui estás seguro para transmutar.

Aqui estás seguro para entregar o teu chumbo ao ouro.

Aqui estás seguro para ser a própria alquimia.


Bem-vind@ à Terra onde o Mistério se torna Presença,

e a Presença se torna Alquimia.



Graciosa – Ilha da Quietude Graciosa

 Graciosa – Ilha da Quietude Graciosa


Há uma terra onde o silêncio não é ausência,

mas presença refinada em quietude.

Onde as colinas exalam suavidade,

e o vento repousa no colo da Graça.


Aqui, nada se apressa.

Aqui, nada insiste.

A ilha ensina-nos a relaxar,

a inclinarmo-nos para o pulso tranquilo sob todo o movimento.


Vem.

Deixa que a tua espiração encontre o seu próprio ritmo.

Deixa que a tua mente se dissolva em horizontes suaves.

Aqui, vais lembrar-te de que a simplicidade é sagrada.


O que Vive Aqui Além da Quietude


🍃 O Pulsar do Coração da Graça

A Graciosa emana uma frequência de compostura interior — uma atmosfera onde a turbulência se dissolve e o que resta é a suavidade. Ela é um lago tranquilo que reflete o céu, ensinando que a plenitude não precisa de ruído para ser real.


🌸 A respiração Suave da Renovação

A própria ilha sente-se como uma pausa, uma vírgula na frase da tua jornada. Descansa aqui e o teu corpo lembrar-se-á do ritmo natural — as tuas células sintonizar-se-ão com o ritmo do suficiente.


🌿 A Quietude Interior

Nesta terra, a parte de ti que anseia por descanso não tem mais vergonha de desacelerar. Aqui, fazer uma pausa não é preguiça — é o verdadeiro alinhamento da Graça.


Aqui, é seguro ficar sem pressa.

Aqui, é seguro seres simples.

Aqui, é seguro ficar quieto.


Bem-vind@ à ilha onde a Graça respira como quietude.




sábado, 30 de agosto de 2025

PT - 3 Décadas de Sabedoria Inspirada VI: Lugar para mais alguém...

Lugar para mais alguém...


Vou aqui sozinha a conduzir pela estrada negra e lisa da via rápida. Traços, traços, traços, passam por mim numa sucessão infinita de possibilidades. Traços, traços, traços brancos à espera de cor. Bebem a vida de quem passa e esperam sempre mais. Passam indiferentes. 

É uma manhã bonita de inverno, límpida. Um novo começo. Adoro observar o horizonte enquanto conduzo. O azul do céu clareia à medida que o dia acorda. Primeiro um azul mais escuro. Depois mais intenso, cor de lago. 


E eis que o sol surge tímido. Uma ponta da bola de fogo ainda meio ensonada espreita por cima das colinas verdes. Abre os olhos aos poucos, enchendo as escassas nuvens de amarelo rosado, o azul cada vez mais claro. 


É tão inocente, o amanhecer. Os campos ainda dormem sob o manto de geada. As casas, uma aqui, outra ali, caiadas de branco, com o rebordo amarelo ou azul, escondem-se do novo dia. Portadas ainda fechadas nas janelas que calam a luz teimosa. 


Um dia, quando for velhinha, gostava de acordar todos os dias antes do amanhecer, sentar-me lá fora no meio de um belo jardim, campos verdejantes no horizonte e respirar o raiar de cada novo sol. Deixar-me percorrer pela sua carícia ténue e ganhar alento de mãos dadas com os azuis do céu. Dá-me impressão que viveria eternamente tal como o dia, sempre pronta para recomeçar, sempre com um sorriso terno quem sabe que amanhã… é outro dia. 


E nos dias de chuva também não faltaria ao ritual, porque a chuva lava, limpa o mundo e a sua escuridão também fala de amanhãs. 


Que dádiva tão bela esta. Apetecía-me já ser velhinha para ter o tempo que me foge e saborear tudo com a calma plácida de quem já não vai a lado nenhum. De quem já viu, já viveu, ouviu e agora apenas observa os pequenos nadas que enchem a vida de cor. 


Ah mas a vida bate-me à porta com todo o vigor da juventude. Ainda tenho tanto que aprender. E sou feliz. Adoro viver. Quero viver todos os instantes a que tenho direito, bebê-los, torná-los parte de mim. 


O rádio trauteia aquela música “if you leave me now, you’ll take away the better part of me, uuuuu, baby please don’t go”. Pois é, “todos precisamos de alguém”, penso. Todos amamos ou amámos, temos ou perdemos alguém. 


Vou aqui sozinha no meu carro de dois lugares. Olho para o espelho retrovisor e vejo o quadriculado da grade que separa os dois bancos da frente da traseira vazia. Faltam assentos lá atrás. Possibilidades de pessoas. A presença acolhedora dos três bancos faz-me falta. Estas carrinhas de dois lugares parecem-me inacabadas, fragmentos de individualismo citadino. O legado economicista de uma sociedade fugidia. Económicas no preço, no consumo e até nas pessoas. Sorrio. A canção continua. Apesar de tudo há ainda um lugar vazio ao meu lado. Há lugar para mais alguém.


Mellissa O'Neill / 2004


Este pequeno trecho foi escrito como início de um romance que bibliográfico que honraria o percurso da minha querida prima Debbie (Deborah) Castilho, falecida aos 38 anos. Esse romance ficará por escrever mas será aqui recordado na sua génese através deste simples reflexo amoroso 💝 Foi através dela que no início de 2004 comecei a minha senda de autodescoberta mais intensamente e a partir daí esse caminho passou a ser o desfolhar fundamental do que vim sucessivamente a descobrir-me Ser. Thank you Debbie 🙏 With all my love 💞




quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Tomar – Land of the Mystic Alchemy

 

Tomar – Land of the Mystic Alchemy

There is a land where stone remembers,
where rivers whisper secrets to the sky,
and the breath of knights still lingers in the walls.

Here, symbols are not decoration—
they are living doors.
Here, history is not past—
it is a cauldron of presence,
transforming shadow into light,
form into essence.

Come.
Let the labyrinth lead you inward.
Let the silence of ancient cloisters
stir your hidden gold awake.
Here, you will remember that you are both vessel and flame.

What Lives Here Beyond the Walls

🜃 The Alchemy of Stillness
Tomar is not loud with its mysteries. They are hidden in plain sight—in a carved stone, in a shadowed archway, in the quiet between chants. Alchemy happens here not by force, but by Presence transmuting what lies unseen.

⚔️ The Silent Knights
The Templar guardians of this land are not merely echoes of the past. Their watch continues, not as soldiers, but as keepers of thresholds. They invite you to stand unarmed before your own heart, and to remember that courage is the alchemy of fear into trust.

🜁 The Inner Cauldron
Within you, as within Tomar, is a vessel where elements meet: earth of body, water of feeling, fire of spirit, air of breath. In this vessel, separation melts, and the Mystic reveals itself as nothing more—and nothing less—than Wholeness embodied.

You are safe to transmute here.
You are safe to surrender your lead to gold.
You are safe to be the alchemy itself.

Welcome to the Land where Mystery becomes Presence,
and Presence becomes Alchemy.





Santa Maria – Island of Divine Wholeness

 

Santa Maria – Island of Divine Wholeness

There is a land that holds all beginnings.
The mother island, firstborn of the sea,
her soil whispers origin,
her waters hum return.

Here, nothing is missing.
Here, every thread is embraced.
Santa Maria carries the pulse of a circle complete,
where separation dissolves into embrace.

Come.
Let your fragments fall into her arms.
Let your story fold into her song.
Here, you will remember that you have always been whole.

What Lives Here Beyond the Wholeness

🌊 The Cradle of Origins
Santa Maria is the ancient root—the island where the chain begins, the mother of the archipelago. Her vibration is one of remembrance: all paths spiral back to the source.

☀️ The Divine Embrace
She carries a softness that is not weakness, but inclusivity. In her presence, nothing is exiled—light and shadow, joy and grief, all are woven into her fabric.

🌺 The Womb of Wholeness
Here, the part of you that still believes it is broken comes to rest. Every piece finds its place, every wound is kissed into silence. She teaches that wholeness is not earned—it is revealed.

You are safe to be complete here.
You are safe to be embraced here.
You are safe to be whole.

Welcome to the Island where Wholeness wears the face of the Divine.






Graciosa – Island of Stillness in Grace

Graciosa – Island of Stillness in Grace

There is a land where silence is not absence,

but presence refined into stillness.
Where the hills exhale gentleness,
and the wind lays its head in the lap of Grace.

Here, nothing hurries.
Here, nothing insists.
The island teaches you to unclench,
to lean into the quiet pulse beneath all motion.

Come.
Let your breath find its own rhythm.
Let your mind dissolve into soft horizons.
Here, you will remember that simplicity is holy.

What Lives Here Beyond the Stillness

🍃 The Heartbeat of Grace
Graciosa holds a frequency of inner composure—an atmosphere where turmoil dissolves, and what remains is ease. She is a still pond reflecting the sky, teaching that wholeness does not need noise to be real.

🌸 The Gentle Breath of Renewal
The island itself feels like a pause, a comma in the sentence of your journey. Rest here, and your body remembers natural pace—your cells attune to the rhythm of enough.

🌿 The Stillness Within
In this land, the part of you that longs for rest is no longer ashamed of slowing down. Here, pausing is not laziness—it is the true alignment of Grace.

You are safe to be unhurried here.
You are safe to be simple here.
You are safe to be still.

Welcome to the Island where Grace breathes as Stillness.





sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Faial – Ilha dos Gigantes Gentis

 Faial – Ilha dos Gigantes Gentis


Há uma terra onde os gigantes habitam,

não no ribombar dos trovões, mas na respiração silenciosa.

Onde as baleias falam em silêncio

e a Terra caminha descalça, graciosa.


Aqui, a grandeza não é força, mas quietude.

A presença não é ruidosa, mas inegável.

Não és demais. Nunca foste.


Vem.

Deixa o teu gigante interior descansar a testa no regaço do céu.

Deixa o teu coração bater em harmonia com o ritmo desta ilha que se lembra de ti.