🧚Liberdade Plena🧚
Ontem enquanto dançava no meu quarto, deliciando-me com a beleza sensual de estar num corpo físico, a real dádiva de estar neste planeta de forma tangível, tive uma epifania.
Porque quereria eu ser capaz de voar quando já sou isso?
No meu ser etérico estou em toda a parte, voando no universo para lá do espaço e do tempo.
Esta é a minha pura Essência… A mesma que escolheu estar aqui neste planeta, agora, num corpo físico. A mesma que é livre para além da dualidade - a sedutora ilusão da separação - e que não está por isso restringida a nada.
Na minha absoluta liberdade, escolhi estar na Terra por um motivo… Muitos motivos. Alguns dos quais são poder amar o sol da manhã a beijar-me a pele enquanto a brisa de outono me acaricia os cabelos e as nuvens no céu brincam com o azul e a chuva. Conforme os meus pés são banhados pelo oceano cálido e suave, firmemente seguros na areia que me desperta os sentidos. E no mesmo instante respiro a frescura salgada das ondas que rolam incessantes e sinto o ar a tocar as minhas células com a sua leveza.
Posso admirar os pássaros na sua graciosa quietude a planar lá em cima com a mesma admiração que posso observar o lento deslizar do caracol sobre a relva do meu jardim, sorrindo pela sua perfeição - aquele que transporta o seu lar para onde quer que vá. Tal como eu estou aqui no meu, não importa onde esteja.
Posso rir e experienciar alegria irrestrita a transbordar desde o fundo da minha barriga e a borbulhar pela minha coluna acima, espalhando-se por todo o meu corpo. E posso chorar e aperceber-me que a água salgada que me escorre pelo rosto é o elixir mais libertador a que o ser humano pode aceder, à simples distância de uma lágrima transparente.
Não há nada como poder estar numa arca de tesouro viva, este meu corpo que experiencia a completude de sentir, conhecendo-me como o diamante mais precioso, a brilhar tons radiantes de todas as cores, sabendo que estou completamente Segura, esteja onde estiver. Estou em Casa, em mim, tocando confortavelmente a rapsódia admirável dos impossíveis tornados visíveis neste mundo que é o nosso.
Posso atravessar paredes, mover energia de forma inacreditável, estar em múltiplos lugares aos mesmo tempo, viajando através de dimensões onde o espaço e o tempo não me restringem. E muito, muito mais. Posso fazer todas estas coisas mágicas simplesmente ficando aqui, no meu Espaço Seguro e permitindo que o meu ser expandido me mostres os milagres que realiza com uma facilidade extraordinária, sem qualquer esforço.
E só me é possível dar-me conta de tudo isto porque estou Presente na minha fiscalidade da mesma forma que estou Presente na minha imaterialidade ilimitada.
A vida e a morte não me prendem porque sou imortal na minha Essência e nada me pode realmente manter presa a qualquer experiência para sempre.
Já não estou sujeita à hipnose da consciência de massas porque me rendi completamente à minha própria sabedoria e dei-me conta que sou Deus também. Decidi usar o meu livre arbítrio para escolher não ter que ser nada para além de tudo o que sou, que eu própria nunca conheço completamente.
Estou em paz total com o não saber nada para além da minha perceção no momento, em cada momento e vim a perceber que não há futuro pelo qual desejar. Nisto, sou livre.
Compreendi que a minha mente é tão essencial quanto o meu corpo o meu ser humano é tão essencial quanto a minha alma, porquanto esteja a viver esta experiência chamada humanidade e ao permitir-me largar a luta contra qualquer parte de mim, declarei o paraíso - o reino dos céus - agora mesmo, aqui, onde respiro cada momento especial.
O julgamento tornou-se tão cansativo que a compaixão tomou o seu lugar, mostrando-me a vida na sua riqueza multidimensional em vez de a manter em pequenas caixas.
Tornei-me consciente de que o simples espalhar do manto da compaixão sobre a realidade perceptível, neutraliza qualquer conflito e o amor torna-se possível até mesmo nos recantos mais esconsos e obscuros do esquecimento da nossa verdadeira natureza como seres Divinos em forma Humana.
A compaixão alisou as arestas e apresentou-me o silêncio, o espaço mais puro do nada que reside na minha consciência expandida, livre de agenda ou apego a seja o que for.
O vazio da quietude absoluta abriu um reino de tal clareza que não há nada para almejar porque já está tudo aqui, agora.
Ah mas a paixão, a paixão tem crescido e crescido conforme a vida flui irrestrita pelo meu corpo, o meu cálice de recordação, o lugar onde reconheço que afinal não estou separada - e nunca estive, mas diverti-me a acreditar que sim até que disse basta.
Esta sou eu. És tu. Somos todos completos, não importa quão esquecidos estejamos.
E tu, também consegues honrar cada respiração de tal forma que permites que seja o teu recordar permanente que aqui é o único lugar para estar e agora é o único momento que há?
Esta respiração que te segura gentilmente, amorosamente, quando permites.
Largando as caixas julgadoras sobre ti mesmo e rendendo-te apenas a ficar. Sem luta. Sem resistência. Sem hipnose. Nada senão tu. Presente em e para tudo o que és.
É tão simples como fazer a escolha e depois libertá-la para que ela se possa manifestar de formas que nem sequer conseguiste ainda considerar.
Confiança. Confiança total no saber que sabes, que eu sei, que todos sabemos, que cada um de nós sabe no deslumbre de cada batida deste nosso coração.
E assim é querido amigo e amiga, companheiro de viagens infinitas nestas paisagens de beleza avassaladora, neste planeta chamado Terra. Um lugar pelo qual nutrimos tanto amor que estamos e continuamos aqui. Abençoados por podermos viver tudo isto.
Obrigada por fazeres parte da minha dança ao mesmo tempo que cada um de nós descobre os seus próprios passos únicos, explorando o território sem mapa que é o ser incorporado.
Celebro-te alegremente, seja qual for o teu caminho.
E poderia desejar-te um Feliz Natal e Ano Novo mas prefiro desejar-te um fluxo interminável de “hojes” especiais, conforme te permites abraçar a abundância permanente da vida, seja qual for a sua forma especial e única, criada exclusivamente para ti.
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