Carta do SER para TI:
No momento
em que atingires os teus objetivos quererás mais, e mais, e depois mais e mais
e se por algum acaso parares e te sentires sentir-te-ás perdido e vazio e
perguntar-te-ás: para quê? Porque estou a fazer isto? E não saberás a resposta.
E cairás num fosso escuro e profundo de incompletude, não sabendo porque estás
aqui ou quem és.
Talvez nesse
momento de profundo e sombrio desespero acordes e te apercebas que vieste aqui
para SER, e largarás tudo o que pensavas que eras e precisavas e render-te-ás a
tudo o que és, ficando finalmente em CASA, AQUI, AGORA, em ti, contigo, sem
mais busca e luta por alcançar. E aí conhecerás a completude, SERÁS e AMARÁS.
Aí pararás
de usar o teu poder criativo para seduzir e manipular, usando e abusando, sendo
usado e abusado, esforçando-te e lutando e tomarás uma decisão entre continuar
a lutar contra quem não és ou cooperar com quem és. Pararás de fugir da
quietude e abraçá-la-ás como um soldado exausto, finalmente de volta do campo
de batalha, dorido e vazio, ansiando por paz. E aí verás que não há separação,
nada por que lutar ou contra que lutar, nada a atingir… apenas há este lago
infinito de SER onde tudo reside e nada permanece, ilimitado na sua vastidão,
interminável e completo.
Talvez um dia,
se tiveres a coragem de largar e cair nos braços de Deus, aí verás que aquilo a
que tens chamado de Deus e com o qual tens estado zangado por te ter
abandonado, eras apenas tu a fingir não ser o Deus que és, uma centelha
infinita de SER que é tudo o que há para ser, que tem tudo o que há para ter.
Então não
terás que ir a nenhum lugar em busca do amor, em busca da riqueza, em busca de
compreensão, em busca de paz, em busca do lar. Serás isso. És isso. Apenas te
esqueceste.
Talvez um
dia.
Nessa altura
não haverá nada para esconder, nada de que esconderes-te, nenhum lugar onde
esconderes-te e pararás de adiar ser inteiro para um tempo posterior que não
existe. Pararás de não existir aqui. Verás que não há nenhum outro lugar onde
ser e estar.
Não te preocupes.
Entretanto não perdeste nada. Nunca houve nada para perder… ou ganhar. Foi tudo
apenas um jogo de perda, de desgosto e dor e embora parecesse real, nunca foi
verdadeiro. Foi apenas uma mentira ilusória que te contaste a ti mesmo para que
pudesses experienciar não ser quem és – criando complexidade para esquecer a
simplicidade.
Então
encontrarás o que nunca esteve perdido. Eras tu que estavas perdido. E
perdeste-te de propósito, pela excitação de te poderes encontrar de novo, mas
eventualmente ao longo do caminho, esqueceste-te desse propósito.
Talvez um
dia o amor baterá mais forte no teu coração do que o medo na tua cabeça e
pararás, respirarás fundo e lembrar-te-ás da verdade de quem és.
Bem, podes
voltar para casa agora. Podes ficar aqui, agora e deixares-te amar a ti mesmo,
deixares-me amar-te, deixares-te amar-me, deixares-nos ser UM.
Entretanto
estarei aqui, em CASA, sempre e de todas as formas, respirando pacientemente,
apenas sendo, sabendo que tu és eu, querendo muito ser um contigo. Pacientemente
esperando para que me convides para dançar como eu te convidei a ti, e eis que
te tornarás a dança. A vida terá permissão para viver e fundir-nos-emos. Eu
estarei aqui, ansiando que ouças a minha respiração, que acordes, que vivas,
que ames.
Com Amor
A tua
Essência
<3 só o amor é real :)
ResponderEliminarAbsolutamente <3
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