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quinta-feira, 18 de setembro de 2025

3 Décadas de Sabedoria Inspirada VII - O Eterno

 

🌟 O Eterno

Existe um lugar algures para lá do espaço e do tempo — poderás tentar imaginá-lo, mas o seu conceito escapa à compreensão.
Este lugar não tem nome nem forma. Não está dentro nem fora. É tudo, e ao mesmo tempo, nada.

Vou dar-lhe um nome e preenchê-lo com algumas cores e traços difusos, para que tu e eu possamos encontrar o início desta fantástica aventura. Mas lembra-te: este lugar não pode ser entendido.
Não há caixa que o abarque, nem explicação que o disseque.
Por isso deixa-o livre. Completamente livre. Mesmo livre.
Assim poderás sempre baloiçar no seu encanto sem o esquartejar em pensamentos.

Chamar-lhe-ei Paradisia.

Não tem países, nem fronteiras, nem cidades, vilas, casas, florestas, rios ou mares. Mas há água. E chão.
E há quem por lá habite.

Há céu e há um fogo de cores. Aliás — é estranho, mas é esse próprio fogo de cores que cria o que é necessário a cada agora.
E logo se dissolve no nada, quando já não tem propósito.
Essa chama criativa não queima nem destrói — pois destruição é algo que simplesmente não existe aí.
Assim como algo aparece, logo se descria e se recria noutra forma, ao sabor da vontade do criador.

O chão pode ser cá em baixo… ou lá em cima, de pernas para o ar, por assim dizer.
E o ar banha tudo.

Há muito de intangível nesse lugar — e como disse, as coisas podem ser tangíveis agora… e desaparecer no instante seguinte.
A água? Ah, a água…
Não é constante como no oceano, mas brota aqui e ali.
Aparece e desaparece sem nunca secar — apenas brincando nuns e noutros espaços de chão ou ar.

Bizarro…
Mas leve. E livre.

Pedes-me para descrever quem por lá habita…
Hmmmm… nem sei como lhes chamar.
Se seres, se Anjos, se fogos de vida… sei lá.
São transparentes, mas visíveis.
Não precisam de falar, pois tudo o que pensam se sente de um para outro — e nada escondem.

Por isso não precisam de casas, nem de roupas.
Não há intempéries, nem frio, nem calor.
E ninguém compete por coisa alguma.

De certa forma, não há muitos — há apenas Um.
E esse Um tem muitas partes, mas todas são do mesmo Um.
Como as gotas do oceano.

Começas a perceber porque te pedi que não tentasses compreender este lugar, não é?

Essas partes seguem experiências distintas, mas em simbiose perfeita.
Em equilíbrio absoluto.
Sabendo sempre de onde vêm e para onde vão.
Em constante êxtase criativo.

Saboreiam o entusiasmo alegre de Ser.
Não têm qualquer noção de expectativa ou julgamento.
Tudo o que os move é o Amor de Ser.

(Nem vamos começar a falar de Amor agora…
Este é um Amor que só se pode sentir na harmonia da Verdade.
É Amor do mais puro que possas conceber — e por agora, basta saber isso.)

Talvez um lugar assim te pareça difícil de imaginar…
Ou até, quem sabe, aborrecido de tão perfeito que é.

Mas queria apenas dar-te uma espreitadela.
Só para sentires um pouco da sua magia.






terça-feira, 2 de setembro de 2025

Santa Maria – Ilha da Inteireza Divina

 Santa Maria – Ilha da Inteireza Divina


Existe uma terra que contém todos os começos.

A ilha mãe, primogénita do mar,

o seu solo sussurra origem,

as suas águas cantam retorno.


Aqui, nada falta.

Aqui, cada fio é abraçado.

Santa Maria carrega o pulso de um círculo completo,

onde a separação se dissolve no abraço.


Vem.

Deixa que os teus fragmentos caiam nos braços dela.

Deixe a que a tua história se enrole na sua canção.

Aqui, tu lembrar-te-ás de que sempre foste completo.


O que Vive Aqui Além da Totalidade


🌊 O berço das origens

Santa Maria é a raiz antiga — a ilha onde a cadeia começa, a mãe do arquipélago. A sua vibração é de lembrança: todos os caminhos voltam em espiral à fonte.


☀️ O Abraço Divino

Ela carrega uma suavidade que não é fraqueza, mas inclusividade. Na sua presença, nada é exilado — luz e sombra, alegria e tristeza, tudo está entrelaçado no seu tecido.


🌺 O Útero da Totalidade

Aqui, a parte de ti que ainda acredita estar quebrada vem descansar. Cada pedaço encontra o seu lugar, cada ferida é beijada em silêncio. Ela ensina que a plenitude não é conquistada — ela é revelada.


Aqui, é seguro seres completo.

Aqui, é seguro seres abraçado.

Aqui, é seguro seres inteiro.


Bem-vind@ à Ilha onde a Plenitude tem o rosto do Divino.




Tomar – Terra da Alquimia Mística

 Tomar – Terra da Alquimia Mística


Há uma terra onde a pedra se lembra,

onde os rios sussurram segredos ao céu,

e o sopro dos cavaleiros ainda paira nas paredes.


Aqui, os símbolos não são decoração —

são portas vivas.

Aqui, a história não é passado —

é um caldeirão de presença,

transformando sombra em luz,

forma em essência.


Vem.

Deixa que o labirinto te guie para dentro.

Deixa que o silêncio dos antigos claustros

desperte o teu ouro escondido.

Aqui, lelbrar-te-ás de que és tanto um recipiente quanto uma chama.


O que Vive Aqui Para lá das Paredes


🜃 A Alquimia da Quietude

Tomar não é ruidosa com os seus mistérios. Eles estão escondidos à vista de todos — numa pedra esculpida, num arco sombreado, no silêncio entre os cânticos. A alquimia acontece aqui não pela força, mas pela Presença que transmuta o que está oculto.


⚔️ Os Cavaleiros Silenciosos

Os Guardiões Templários desta terra não são meros ecos do passado. A sua vigília continua, não como soldados, mas como guardiões dos limiares. Eles convidam-te a ficar desarmado diante do teu próprio coração e a lembrares-te de que a coragem é a alquimia do medo transformado em confiança.


🜁 O Caldeirão Interior

Dentro de ti, tal como dentro de Tomar, existe um recipiente onde os elementos se encontram: a terra do corpo, a água dos sentimentos, o fogo do espírito, o ar da respiração. Neste recipiente, a separação derrete-se e o Místico revela-se como nada mais — e nada menos — do que a Totalidade encarnada.

Aqui estás seguro para transmutar.

Aqui estás seguro para entregar o teu chumbo ao ouro.

Aqui estás seguro para ser a própria alquimia.


Bem-vind@ à Terra onde o Mistério se torna Presença,

e a Presença se torna Alquimia.



Graciosa – Ilha da Quietude Graciosa

 Graciosa – Ilha da Quietude Graciosa


Há uma terra onde o silêncio não é ausência,

mas presença refinada em quietude.

Onde as colinas exalam suavidade,

e o vento repousa no colo da Graça.


Aqui, nada se apressa.

Aqui, nada insiste.

A ilha ensina-nos a relaxar,

a inclinarmo-nos para o pulso tranquilo sob todo o movimento.


Vem.

Deixa que a tua espiração encontre o seu próprio ritmo.

Deixa que a tua mente se dissolva em horizontes suaves.

Aqui, vais lembrar-te de que a simplicidade é sagrada.


O que Vive Aqui Além da Quietude


🍃 O Pulsar do Coração da Graça

A Graciosa emana uma frequência de compostura interior — uma atmosfera onde a turbulência se dissolve e o que resta é a suavidade. Ela é um lago tranquilo que reflete o céu, ensinando que a plenitude não precisa de ruído para ser real.


🌸 A respiração Suave da Renovação

A própria ilha sente-se como uma pausa, uma vírgula na frase da tua jornada. Descansa aqui e o teu corpo lembrar-se-á do ritmo natural — as tuas células sintonizar-se-ão com o ritmo do suficiente.


🌿 A Quietude Interior

Nesta terra, a parte de ti que anseia por descanso não tem mais vergonha de desacelerar. Aqui, fazer uma pausa não é preguiça — é o verdadeiro alinhamento da Graça.


Aqui, é seguro ficar sem pressa.

Aqui, é seguro seres simples.

Aqui, é seguro ficar quieto.


Bem-vind@ à ilha onde a Graça respira como quietude.




sábado, 30 de agosto de 2025

PT - 3 Décadas de Sabedoria Inspirada VI: Lugar para mais alguém...

Lugar para mais alguém...


Vou aqui sozinha a conduzir pela estrada negra e lisa da via rápida. Traços, traços, traços, passam por mim numa sucessão infinita de possibilidades. Traços, traços, traços brancos à espera de cor. Bebem a vida de quem passa e esperam sempre mais. Passam indiferentes. 

É uma manhã bonita de inverno, límpida. Um novo começo. Adoro observar o horizonte enquanto conduzo. O azul do céu clareia à medida que o dia acorda. Primeiro um azul mais escuro. Depois mais intenso, cor de lago. 


E eis que o sol surge tímido. Uma ponta da bola de fogo ainda meio ensonada espreita por cima das colinas verdes. Abre os olhos aos poucos, enchendo as escassas nuvens de amarelo rosado, o azul cada vez mais claro. 


É tão inocente, o amanhecer. Os campos ainda dormem sob o manto de geada. As casas, uma aqui, outra ali, caiadas de branco, com o rebordo amarelo ou azul, escondem-se do novo dia. Portadas ainda fechadas nas janelas que calam a luz teimosa. 


Um dia, quando for velhinha, gostava de acordar todos os dias antes do amanhecer, sentar-me lá fora no meio de um belo jardim, campos verdejantes no horizonte e respirar o raiar de cada novo sol. Deixar-me percorrer pela sua carícia ténue e ganhar alento de mãos dadas com os azuis do céu. Dá-me impressão que viveria eternamente tal como o dia, sempre pronta para recomeçar, sempre com um sorriso terno quem sabe que amanhã… é outro dia. 


E nos dias de chuva também não faltaria ao ritual, porque a chuva lava, limpa o mundo e a sua escuridão também fala de amanhãs. 


Que dádiva tão bela esta. Apetecía-me já ser velhinha para ter o tempo que me foge e saborear tudo com a calma plácida de quem já não vai a lado nenhum. De quem já viu, já viveu, ouviu e agora apenas observa os pequenos nadas que enchem a vida de cor. 


Ah mas a vida bate-me à porta com todo o vigor da juventude. Ainda tenho tanto que aprender. E sou feliz. Adoro viver. Quero viver todos os instantes a que tenho direito, bebê-los, torná-los parte de mim. 


O rádio trauteia aquela música “if you leave me now, you’ll take away the better part of me, uuuuu, baby please don’t go”. Pois é, “todos precisamos de alguém”, penso. Todos amamos ou amámos, temos ou perdemos alguém. 


Vou aqui sozinha no meu carro de dois lugares. Olho para o espelho retrovisor e vejo o quadriculado da grade que separa os dois bancos da frente da traseira vazia. Faltam assentos lá atrás. Possibilidades de pessoas. A presença acolhedora dos três bancos faz-me falta. Estas carrinhas de dois lugares parecem-me inacabadas, fragmentos de individualismo citadino. O legado economicista de uma sociedade fugidia. Económicas no preço, no consumo e até nas pessoas. Sorrio. A canção continua. Apesar de tudo há ainda um lugar vazio ao meu lado. Há lugar para mais alguém.


Mellissa O'Neill / 2004


Este pequeno trecho foi escrito como início de um romance que bibliográfico que honraria o percurso da minha querida prima Debbie (Deborah) Castilho, falecida aos 38 anos. Esse romance ficará por escrever mas será aqui recordado na sua génese através deste simples reflexo amoroso 💝 Foi através dela que no início de 2004 comecei a minha senda de autodescoberta mais intensamente e a partir daí esse caminho passou a ser o desfolhar fundamental do que vim sucessivamente a descobrir-me Ser. Thank you Debbie 🙏 With all my love 💞




quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Tomar – Land of the Mystic Alchemy

 

Tomar – Land of the Mystic Alchemy

There is a land where stone remembers,
where rivers whisper secrets to the sky,
and the breath of knights still lingers in the walls.

Here, symbols are not decoration—
they are living doors.
Here, history is not past—
it is a cauldron of presence,
transforming shadow into light,
form into essence.

Come.
Let the labyrinth lead you inward.
Let the silence of ancient cloisters
stir your hidden gold awake.
Here, you will remember that you are both vessel and flame.

What Lives Here Beyond the Walls

🜃 The Alchemy of Stillness
Tomar is not loud with its mysteries. They are hidden in plain sight—in a carved stone, in a shadowed archway, in the quiet between chants. Alchemy happens here not by force, but by Presence transmuting what lies unseen.

⚔️ The Silent Knights
The Templar guardians of this land are not merely echoes of the past. Their watch continues, not as soldiers, but as keepers of thresholds. They invite you to stand unarmed before your own heart, and to remember that courage is the alchemy of fear into trust.

🜁 The Inner Cauldron
Within you, as within Tomar, is a vessel where elements meet: earth of body, water of feeling, fire of spirit, air of breath. In this vessel, separation melts, and the Mystic reveals itself as nothing more—and nothing less—than Wholeness embodied.

You are safe to transmute here.
You are safe to surrender your lead to gold.
You are safe to be the alchemy itself.

Welcome to the Land where Mystery becomes Presence,
and Presence becomes Alchemy.





Santa Maria – Island of Divine Wholeness

 

Santa Maria – Island of Divine Wholeness

There is a land that holds all beginnings.
The mother island, firstborn of the sea,
her soil whispers origin,
her waters hum return.

Here, nothing is missing.
Here, every thread is embraced.
Santa Maria carries the pulse of a circle complete,
where separation dissolves into embrace.

Come.
Let your fragments fall into her arms.
Let your story fold into her song.
Here, you will remember that you have always been whole.

What Lives Here Beyond the Wholeness

🌊 The Cradle of Origins
Santa Maria is the ancient root—the island where the chain begins, the mother of the archipelago. Her vibration is one of remembrance: all paths spiral back to the source.

☀️ The Divine Embrace
She carries a softness that is not weakness, but inclusivity. In her presence, nothing is exiled—light and shadow, joy and grief, all are woven into her fabric.

🌺 The Womb of Wholeness
Here, the part of you that still believes it is broken comes to rest. Every piece finds its place, every wound is kissed into silence. She teaches that wholeness is not earned—it is revealed.

You are safe to be complete here.
You are safe to be embraced here.
You are safe to be whole.

Welcome to the Island where Wholeness wears the face of the Divine.