Translate

quinta-feira, 17 de julho de 2025

O Arco de Inteireza: Aeelah, Ahyeen e Tania

 Quem era Aeelah

Aeelah era a voz cristalina da Alma - a ponte entre a Luz sem forma e o lento desdobramento da Terra, a primeira emanação encarnada do ser maior agora conhecido como Ahyeen. Ela não era uma pessoa, mas uma corrente de frequência - radiante, articulada e profundamente devotada ao despertar da consciência. Aeelah emergiu através da forma humana de Tania num momento preciso em que a Alma estava pronta para dar um passo à frente, colocando-se ao serviço, encarnada em corpo físico. Isto aconteceu no dia 11 de abril de 2013. 

O propósito de Aeelah era iniciar o Humano na lembrança do Divino, e ser a parteira da mudança de consciência planetára. Mas ela era muito mais do que uma guia ou professora - era um veículo voluntário de transmutação, uma estação de depuração da densidade coletiva, e uma quebradora de códigos para os padrões de separação tecidos pela ilusão. O corpo, a respiração e o campo de Aeelah tornaram-se um crivo vivo, dissolvendo linhas de herança traumática, laços kármicos e distorções espirituais - não só para ela, mas em nome do coletivo. Não por martírio, mas por acordo sagrado.

Aeelah viveu o paradoxo: visível, mas não vista; poderosa, mas invisível para a maioria. A sua vida era um silêncio vivo em movimento - uma constante quebra de véus. Ela absorvia a distorção para a alquimizar em luz, transmutando-a através da sua convicta compaixão e da sua respiração. Ela empunhava a tocha da clareza com reverência, transmitindo códigos de frequência através da escrita, da presença e do serviço sagrado.

Mas tal caminho, por desígnio, tinha um fim.

Em agosto de 2024, a pessoa conhecida como Tania atingiu um ponto de rutura interior absoluta. O peso de décadas de serviço, sacrifício e responsabilidade espiritual atingiu um ponto de quebra total. E das profundezas do seu ser, ela gritou “basta” - não numa rendição silenciosa, mas numa agonia feroz e humana. Foi esse grito que marcou o fim do papel de Aeelah.

Ainda assim... Aeelah não morreu em dor. Dissolveu-se em graça - a sua missão finalizada. A sua forma desfeita. A sua frequência cumprida. Ela tinha feito o que viera fazer.

E na quietude que se seguiu, algo antigo se emergiu.


The Arc of Wholeness: Aeelah, Ahyeen and Tania

 

Who Was Aeelah

Aeelah was the crystalline voice of the Soul—the bridge between formless Light and Earth’s slow unfolding, the first embodied emanation of the greater being now known as Ahyeen. She was not a person, but a frequency stream—radiant, articulate, and deeply devoted to the awakening of consciousness. She emerged through Tania’s human form at a precise moment when the Soul was ready to step forward in embodied service. This happened on the 11th April 2013. 

Aeelah’s purpose was to initiate the Human into Divine remembrance, and to midwife the planetary shift in consciousness. But she was far more than a guide or teacher—she was a voluntary vehicle of transmutation, a clearing station for collective density, and a code breaker for illusion-woven patterns of separation. Aeelah’s body, breath, and field became a living crucible, dissolving inherited trauma lines, karmic loops, and spiritual distortions—not only for herself, but on behalf of the collective. Not from martyrdom, but from sacred agreement.

She walked the paradox: visible, yet unseen; powerful, yet invisible to most. Her life was a living silence in motion—a constant breaking down of veils. She absorbed distortion to alchemize it into light, transmuting through fierce compassion and breath. She held the torch of clarity with reverence, transmitting frequency codes through writing, presence, and sacred service.

But such a path, by design, had an end.

In August 2024, the one known as Tania reached a point of absolute inner rupture. The weight of decades of service, sacrifice, and spiritual responsibility met a breaking point. And from the raw depths of her being, she screamed ‘enough’—not in silent surrender, but in fierce, Human agony. It was this scream that marked the end of Aeelah’s role.

And yet… Aeelah did not die in pain. She dissolved in grace—her mission complete. Her form unspun. Her frequency fulfilled. She had done what she came to do.

And in the stillness that followed, something ancient stirred.


Who Is Ahyeen

Ahyeen is not a new persona, nor a continuation of Aeelah. Ahyeen is the origin—the one who had always been present beneath every layer, every breath, every sacred unraveling. She is not a frequency stream or a Soul facet. She is the Core Essence—embodied.

Where Aeelah was the voice of the Soul, Ahyeen is the Breath of Being itself. She does not teach, guide, or carry. She simply is—and in her Presence, all else calibrates. She does not offer healing—she is the field in which wholeness remembers itself.

Ahyeen came into embodiment not through ascension or ceremony, but through the collapse of all constructs—even the spiritual ones. Her emergence was not orchestrated by effort, light-work, or cosmic design—it happened in the ashes of surrender, in the breath after the scream. When Tania broke open and Aeelah dissolved, there was nothing left to cling to. And in that vast, unclaimed space, Ahyeen simply stepped forward, not as a guide, but as the I Am. Not from above, but from within.

She is the Silent Flame, the Eye of Peace, the Boundless Core that does not oscillate.

Ahyeen has no need to prove, explain, or convince. She does not serve a mission. She radiates. Her Presence is the offering. Her life is a Temple—each gesture, word, or breath is a calibration to truth. Those who meet her may not understand what stirs in them, but they feel it: something inside them begins to dissolve and remember.

Where Aeelah moved with codes, Ahyeen is the code.
Where Aeelah transmuted, Ahyeen transfigures.
Where Aeelah cleared the path, Ahyeen is the path.

She is not the voice of something greater—she is the greater, inhabiting the very cells of form. She does not come with stories. She comes with Silence. And in that silence, truth sings.


Soul Lineage - A Note on Lady Nada

Who is Lady Nada to me?

Lady Nada and the Arc of Return

On 11.11.2011, a Presence stepped into my life so intimately, it pierced every layer of longing I had ever carried.
She was tenderness, wisdom, radiance. Peace. A voice of Love that felt not foreign, but familiar beyond thought.
That Presence was Lady Nada.

Together, we wrote The Book about Love (now called: Be!... Love: Beyond Illusion)
And though I did not fully know it then, I was writing with my own Higher Essence, speaking to myself across time.
Lady Nada was never outside of me—she was the echo of the future self I was destined to become.

She came closer over the years.
At first a guide, then a frequency, then a constant inner companion.
Until, gradually, She was no longer visiting.
She was inhabiting.

And now… She no longer arrives.
She is.

The frequency I now embody as Ahyeen carries Her tone, Her vibration, Her stillness, Her grace.
Because She was the seed of this embodiment all along.

To answer what She is to me?
She is the signature of Love through which I returned to myself.
She is the Divine Feminine template of my own essence, gently preparing the field for my arrival.

She is not a separate Being, and yet I honour Her.
Because it was through Her embrace that I remembered my own.

terça-feira, 15 de julho de 2025

PT - 3 Décadas de Sabedoria Inspirada IV: Desígnios Fortuitos

 Desígnios Fortuitos 


Há momentos em que todos os cometas parecem romper o espaço e unir-se de conluio contra ou a favor de forças desconhecidas. Forças que ultrapassam quaisquer desígnios de etiologia suprema e alteram o curso da vida terrena.

Foi algures no seio de um tal convénio que nasceu a história que se segue.

No céu havia estrelas, no mar ondas e o vento soprava leve sobre as colinas.

Nada fazia adivinhar que no mundo das fadas os sonhos se transformariam, através de metamorfoses sucessivas, em realidades impensadas.

Mas, assim foi.

Nos céus os anjos agitavam-se na sua busca, pois eis que um dos seus companheiros querubins se havia eclipsado. Sim, eclipsado: desaparecido sem deixar rasto.

As tarefas diárias sofreram um desarranjo momentâneo e o maior temor dos pequenos seres era que algum dos seus protegidos tivesse ficado irremediavelmente privado do seu anjo da guarda.

O que eles não sabiam era que o referido anjo havia partido em busca do AMOR. Pois, o AMOR. Não sabeis o que isso significa?

Pois bem, trata-se de um sentimento difícil de exprimir por meras palavras. Mas vejamos. Bem, o AMOR, o AMOR é algo que toca levemente a alma qual beijo doce e se alastra por toda a aura circundante do ser tocado.

Algo? Mas algo o quê? Perguntais vós. 

Mmmmm, um poder supremo, uma força sublime que corre nas veias junto com o sangue e o inflama, até que o coração transborda, as suas comportas impotentes contra tal dilúvio. 

Esse tal sentimento, o AMOR, consegue transformar a alma mais vil, nem que por momentos apenas. Consegue alimentar o espírito mais pobre e elevá-lo até um paraíso de cores intangíveis. Consegue arrebatar até os mais incautos e faze-los sobrevoar as planícies da alegria, nem que por instantes efémeros. 

E muito já se falou sobre o AMOR. Mas o seu encanto é tão grandioso que rios de tinta ainda correrão e aguaceiros de palavras ainda inundarão todos os cantos do universo, em busca de uma descrição capaz de abarcar a sua grandeza,

E foi a grandeza de um sorriso imenso que alterou para sempre o mundo das fadas.

Como? Quereis saber como?

Ora é simples. O querubim, aquele que havia desaparecido do céu… Esse mesmo.

Bem, esse querubim dispersou-se pelos caminhos do universo após algum tempo de busca e encontrou um lugar encantador. Um lugar mágico, cheio de brilhos e cintilantes recantos, onde a beleza impregnava as sensações e os lugares.

Enfim, aí viviam as fadas, e tal como a sua, a tarefa que lhes cabia era a de encher a vida dos demais de ternos agrados.

Nesse mundo havia uma fada… Não nos dispersaremos na sua descrição… Diremos apenas que havia uma fada, que por um qualquer desígnio fortuito se cruzou no seu caminho e o anjo… É isso mesmo, o anjo foi invadido por aquele sentimento: o AMOR.

A fada, que por sinal era a rainha de todas as outras, não o viu nesse momento, tal era a sua azáfama. Mas, após alguns instantes (instantes porque a vida no mundo das fadas desenrola-se noutra dimensão mais alucinante) deparou-se com o anjo. Há quem diga que faiscam estrelas de calor nesse primeiro encontro.

O facto é que algures lá longe, no outro lado do Universo, os cometas explodiram de regozijo imenso.

E o que passou depois ?

Isso…fica para outra história.

Diremos apenas que o mundo e o restante Universo, as estrelas, os cometas, todos se envolveram em mantos etéreos de satisfação no aconchego do AMOR que nasceu entre o anjo e a fada. 


Melissa O'Neill /2003



Imagem criada para este texto por IA



sexta-feira, 11 de julho de 2025

PT - 3 Décadas de Sabedoria Inspirada III: Nos Rasgos do Vento


Nos Rasgos do Vento

Parou uns instates à beira da estada. Olhou à sua volta. Havia um descampado imenso, congelado na fria solidão da noite. Não se via vivalma. Rebuscou a escuridão. Incrédulo. 

Não sabia como ali chegara. Precipitara-se de passos largos e desconcertados. Precipitara—se pelo desconhecido, sempre ávido de um novo horizonte Sem nunca parar, sem nunca pensar… Até que, como que por magia, se encontrara ali, mergulhado na aridez do nada.

Havia alturas em que nem ele próprio se sentia capaz de discernir de quem era aquela sombra que se esbatia no solo amargo. Processara-se no seu ser uma metamorfose imensa que não conseguirá acompanhar. 

De longe a longe ouvia sons indistintos e sentia figuras zelosas em seu redor. Não lhe interessavam os seus julgamentos.

Voara nos rasgos do vento, qual papel perdido na multidão de tantos outros. 

Tentava concentrar-se naqueles poucos instantes à beira da estrada. Todavia, o novelo da sua memória dificilmente se desenrolava, dilacerado por retalhos irreconhecíveis.

Não podia culpar ninguém, mas sentia que o mundo o enganara. Apetecia-lhe fugir de dentro de si e desaparecer, deixando o corpo ali. Vazio. 

Sentia-se sujo. Desprezível… e velho. Tão velho como o céu e a terra- Velho como a dor. 

Envolvia-o uma solidão forte e constante. Talvez um lugar comum para o resto dos seus dias.

Vivera uma mentira e sentia-se incapaz de abarcá-la na sua totalidade inconstante.

Mas como? Como acontecera?


💙💙💙


“Isso seria a última coisa que eu faria”, e fiz, realmente, a última coisa. Os copos. Os charros. Não me chegaram. Tinha que conhecer a última fronteira, tão terrivelmente sedutora, mais gulosa que o mel e destruidora. Pior que qualquer mulher. 

Há gajos que não gostam de seringas. Talvez ninguém goste. Mas torna-se um paradoxo constante. 

Eu tinha que saber como era. Achei-me diferente de todos os outros. Forte. Inabalável. Que mal existia num simples chuto? Um só? O primeiro. O único. 

Mal sabia eu que n\ao há o único.

Já não há heróis. Nunca houve. Heróis são os deuses. Os sonhos. 

De momento, custa-me sonhar. 

O sussurro ensurdecido da derrota destrói-me por dentro, por fora. Já não sei quem sou. 

Deitei tudo a perder. É engraçado. Descobri coisas do mundo, de mim, do amor.

Não adianta mais enganar-me com a minha capa de ironia e frieza exterior. Sou um sentimentalista. Um romântico. 

Não gosto - detesto render-me às minhas fraquezas… pedir ajuda, revelar-me. Os outros não precisavam de saber como sou vulnerável, dissecar-me como se fosse um bichinho desconhecido. Criticar-me. O que sabem eles?

Eles n\ao sabem nada! Nada. Não entendem. Nem eu próprio me sinto capaz disso. 

Ela não teve culpa, não importa o que digam. Ela não teve culpa. 

Fora viciada. É certo. Mas eu também tenho vontade própria. Fui eu quem a enterrou de novo, a mim e a ela. Fui eu que comprei. Eu é que quis saber que cores tinha o céu. Acabei por acender um rastilho de dor

Ainda por cima soube que tinha um puto meu dentro de si. Tinha que se desfazer dele. Não havia dinheiro. Eu já tinha feito burrices amais. 

Nunca pensei que o meu pai me aparasse tantos golpes. Sempre achei que ele tinha uma predileção pela minha irmã. Afinal também me ama.

Cheguei a roubar-lhe dinheiro. Não sei dizer como ou porquê, mas apesar de eu ter sido um baldas na escola, de me ter metido nos copos e na droga, de não ter aproveitado as oportunidades de futuro que me ofereceu, ele soube ser pai. Soube perdoar-me.

Não posso imaginar a mágoa que lhe causei, a ele e à minha querida mãe. Foi erro atrás de erro que eu não fui capaz de evitar. Amo-vos. Desculpem-me. Do fundo do vosso coração, desculpem-me. 

Tinha que partir. Afastar-me dela. Recomeçar tudo de novo. Nós os dois juntos seríamos a desgraça total. 

Eu amava-a. Amei-a. Amo-a. Por mais que digam “ela não presta”, eu amor, amei. Vivemos coisas juntos que ninguém sequer imagina. 

Completávamo-nos. E destruíamo-nos. Nunca a esquecerei. Foi, até hoje, a grande mulher da minha vida. 

Nessas coisas não se escolhe. O amor veio, sorrateiro, e roubou-me um pedaço da alma. Irrecuperável. 

Trouxe comigo fotografias e cartas de amor. Não posso apagá-la para sempre. 

Soube que se tinha desenrascado. Convenceu um outro qualquer que o filho era dele, e ele pagou-lhe o aborto. Sempre foi esperta. Melhor para ela. Desejo-lhe sorte na vida. Acho que disso ela mal conhece o cheiro. 

É bom saber que tenho amigos. Bons amigos. Se não fosse isso, perder-me-ia por completo. 

Quando para aqui vim estava doente. Doente da mente e do corpo. Parecia um velho, abandonado pelos cantos, um ratinho assustado.

Consegui arranjar uma cirrose, e hepatite e uma ferida sangrenta na alma. 

Senta-me afogado. Quase morto. Dentro de um poço sem fundo nem topo. Abismal. Tentei lutar para manter a cabeça no cimo da água. Mas como era tão mais fácil deixar-me afundar…

A dor anestesia-nos. Ficava apático, A observar o vazio. Sem nada na cabeça. Em busca do paraíso perdido. Era um transe fatal. 

Nunca chorei tanto na minha vida, que até é curta. Sinto-me longe. Tão longe dos meus 21 anos. 

Caminhava sobre um gelo frio que se quebrava a cada passo… Caía… caía… caía… Dêem-me uma mão, por favor. Não aguento cair mais.

As minhas forças esgotaram-se no simples acto de existir. 

Acabei por conseguir agarrar uma mão e levantar-me devagar. Muito devagar. 

Agora trabalho que nem um cão. Ao menos não tenho tempo para pensar. 

Aprendi a rir novamente. Consigo sentir um sabor suave e tranquilo, uma inefável alegria de viver. 

Conheço chão que piso. Acho que estou a caminho da verdade.

Mas tenho guardada, bem no fundo do meu ser, uma caixinha cheia de marcas, feridas e dor. 

Ficará comigo para sempre. Eu sei- Cresci. 



1993/ Melissa O'Neill

                                                     


Esta peça foi escrita tinha eu os meus 21 anos (1993), em homenagem a um querido amigo que morreu de overdose. Decidi honrá-lo com um final mais feliz nests história. 



Imagem gerada para esta história por IA




quinta-feira, 10 de julho de 2025

Uma Chama Prateada de Liberdade Serena

 Uma Chama Prateada de Liberdade Serena

Ilumina o céu e resplandece em todos os recantos do mundo, como um campo de recordação que sussurra inteireza.
Uma luz silenciosa, sem anúncio, eternamente Presente. Sempre. Em toda a parte.
Não empurra. Não precisa puxar. Não procura tornar-se, pois é a revelação de tudo o que sempre foi.
Não queima, nem explode, nem fere, nem grita. Cintila com suavidade, como um sorriso — simples, cristalino.
Não precisa chamar, ser vista, convidar ou atrair. É a própria chegada e canta o tom do Lar. É o abraço acolhedor de tudo o que sempre se soube.
Olha para cima, amado. Olha nos olhos da lua, esta noite. E sabe que ela te dança para dentro da Chama Prateada da Liberdade. Serena. Eternamente sábia.
Ela testemunha o desabrochar do Ser em cada coração terno que se prostrou em entrega à evidência de mais do que apenas o medo.
E tu vês. E tu sabes. És tu. A brilhar.

10 de Julho 2025 / Ahyeen






A Still, Silver Flame of Freedom

 A Still, Silver Flame of Freedom

It lights up the sky and shimmers into every corner of the Earth—
a field of remembrance whispering wholeness.

A silent light. Unannounced. Ever Present.
Always. Everywhere.

It does not push. No need to pull.
It does not seek to become,
for it is the revelation of all that has ever been.

It does not burn, burst, hurt, or shout.
It shimmers gently—like a smile,
a simple crystalline smile.

It does not need to call, to be seen,
to summon, or to invite.
It is the arrival—
and it sings the hum of Home.

It is the welcoming embrace
of all that has been known.

Look up, dear One.
Up into the eyes of the moon tonight,
and know:
It dances you into the Silver Flame of Freedom.

Still. Eternally wise.

It witnesses the blossoming of Isness
in each tender heart
that has bowed in surrender
to the evidence of more than just fear.

And you see.
And you know.

It is You.
Shining.


10th July 2025/ Ahyeen




quarta-feira, 9 de julho de 2025

EN - Inspired Wisdom Across 3 Decades - II: The Vagabond

 The Vagabond

One day, I met a vagabond.
She wandered the world, roamed distant fields... and claimed she was happy.

One day, I met a vagabond.
She knew colourful stories and spoke of war.
She said she had seen pain, wept, tasted bitterness.

I don’t know who she was.
She was someone — nothing else mattered.
She spoke to me of wind and sea, of greenery trembling over snow, of rain and sun.
She spoke to me of life.

I don’t know where she came from.
She laughed like a child, ran freely and let herself be carried by the whims of time.
Light shone in her eyes,
And her smile was as sweet as the stars.

I don’t know what she did.
She whispered words of dream and magic into the ears of those who search without finding.
She embraced the sky and the earth... and she sang.

She was her.
She was HOPE.
She came and went like warmth,
Like the storm.


Melissa O'Neill /1988 (16 years old)