Não se pode pedir a um vulcão que seja uma fonte, nem a uma
fonte que seja um vulcão. O vulcão destrói e transforma. A fonte regenera e
nutre. E cada coisa tem o seu propósito perfeito na dança da criação.
Morte e renascimento entrelaçam-se continuamente no devir
constante que a vida respira. Perceber isto, autorizando que os ciclos naturais
de luz e sombra se sucedam em equilíbrio, é a plenitude sábia de Ser na
matéria, tangível… etérea.
O visível e o invisível, um e o mesmo sem no entanto o
parecer.
Não fujas de um nem de outro, morte ou renascimento, pois
embora pareçam distintos coexistem em ti. Negar uma parte é anular a
integridade da outra. Permitir ambas é aceitar viver, fluir, acontecer.
Cada um de nós é o que acontece no espaço entre o ontem e o
amanhã, enquanto o vulcão e a fonte dançam o que são.
One cannot ask a volcano to be a fountain, or a fountain to
be a volcano. The volcano destroys and transforms. The fountain regenerates and
nourishes. And each thing has its own perfect purpose in the dance of creation.
Death and rebirth entwine continuously in the constant
change that life breathes. Understanding this, allowing the natural cycles of
light and shadow to succeed each other in balance, is the wise fulfilment of
Being in form, tangible… ethereal.
The visible and the invisible, one and the same and yet not
seeming so.
Don’t flee either from one or from the other, death or
rebirth, for though they do not appear to, they both coexist in you. Denying
one part is removing the other’s integrity. Allowing both is accepting to live,
to flow, to happen.
Each one of us is what happens in the space between
yesterday and tomorrow, whilst the volcano and the fountain dance what they
are.
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