Futebol
– o jogo da vida 
Sempre
me intrigou o fascínio que esse jogo, o futebol, exerce sobre o mundo inteiro.
É um verdadeiro palco de emoções, levando as pessoas que o amam aos mais  altos cumes e aos mais  fundos vales.
Percebendo
que toda esta experiência diária que criámos uns com os outros, com o que
chamamos de trabalho e o 
que identificamos como lazer, os dramas, as intrigas, os amores e desamores ,
tudo isto é um jogo também – um jogo de faz de conta – dá para deslindar como o
futebol assume tais proporções. É um espelho contraditório do tecido social.
A
contradição reside nisto: embora milhões de pessoas em todo o 
mundo vibrem com este jogo, ainda muito poucos perceberam que para encontrar o
equilíbrio, o bem 
estar, a alegria 
no dia-a-dia é preciso nutrir uma paixão intensa pela vida, por tudo o que  se faz
nela e é preciso brincar!!
Por
ser preciso brincar, coisa que a idade adulta postula como um regresso imaturo
à infância, é que esse jogo divertido de andar a correr 
livremente atrás da bola
 ganhou tais  proporções. Mas como brincar é considerado
irresponsável, o futebol teve que assumir contornos mais sérios, para que um monte  de adultos ande
completamente fascinado com algo que é uma brincadeira, mas não parece. Não
admira que assim seja, pois na interação social todos assumem papeis de coisas
que não são, mas parecem.
Em
vez de continuar
 a fingir a  seriedade da bola, porque não aprendemos a leveza
que há em brincar mais?
Vejamos:
não há nenhum jogador ou jogadora de futebol (e praticante de qualquer outro
desporto aliás) que não ame fazê-lo. É, antes de mais, uma paixão intensa, algo
que dá imenso prazer ao praticante. E, embora tentemos torná-lo sério e
competitivo, é um jogo divertido.
Parece
curioso também como é que um jogo move tanto dinheiro. Há que entender uma
coisa fundamental: dinheiro é nada mais que energia materializada, como todas
as outras coisas. É o que usamos para trocar por coisas ou serviços. Nesta ótica,
não é de todo espantoso que algo que é vivido com paixão, com gosto e alegria,
mova tanto dinheiro, pois é o amor que está por detrás dessa paixão que move
mais energia.
O
impulso criativo é nutrido pelo fogo intenso da paixão, que por sua vez brota
do Amor Incondicional, sem limites nem limitações. Tudo o resto são tentativas
efémeras e sem fôlego de sobreviver abaixo do limiar das infinitas
possibilidades de ser.
Esta
compreensão é basilar para
 o sucesso  laboral, que requer um equilíbrio entre dedicação,
paixão, leveza e brincadeira. Um equilíbrio também entre o produzir  para
fora e o nutrir 
cá dentro. Sem esse equilíbrio, tudo o que é posto cá fora está manco,
falta-lhe força na perna do amor. Esse amor nasce dentro de cada um  de nós, aí e apenas  aí. Se ele não nasce
dessa fonte inesgotável que todos transportamos dentro de nós, não pode circular
genuinamente, incondicionalmente. 
O
mundo não pode continuar a funcionar como até agora, com vidas de trabalho
cheias de esforço, uma economia manipuladora e desequilíbrio de poder entre o 
feminino e o masculino a 
todos os níveis.
Se
tirarmos a seriedade desse jogo que é o futebol, acaba-se também o
desequilíbrio da euforia desmedida e da angústia infundada. O jogo passa a ser  sentido com a alegria e  a
aceitação que tudo na vida 
pede.
Falta
no mundo injetar gratidão por essa dádiva que é a experiência magnífica de
viver, injetar paixão por
 tudo o que  se cria com essa experiência, injetar aceitação
profunda de tudo o que 
ela abarca e ser 
autêntico em absolutamente tudo.
A
máscara do medo já está velha e gasta e só o amor pode mostrar que ela não
passa de uma máscara.
Aprendamos
com os artistas, com os desportistas, com todos aqueles que vivem o trabalho com  paixão e
leveza e que são capazes de se divertir não importa onde e quando.
É
isto que pode mudar o estado da economia mundial, para que passemos todos a viver  como os
melhores jogadores da bola! Somos todos especiais!
O
trabalho não tem que ser sério, não tem que ser um  esforço, não tem que ser complicado, não tem
que ser difícil, não tem que ser aborrecido.
Um
excelente exercício de autoanálise e abundância: reveja o que pensa do trabalho e como o 
vive.
Será
que é mesmo preciso viver para trabalhar ou trabalhar para viver ? Será que não há
outras respostas?
Viver
para viver ,
com amor, leveza, simplicidade, equilíbrio, harmonia, calma, autenticidade,
diversão em cada agora 
– só porque viver é fantástico em
 toda a sua  diversidade! Fantástico...
E
já agora respire, suave mas 
profundamente, inspire a vida e 
inspire-se para expirar as criações mais fantásticas – como a Vida !
In "Consciência... à Solta" por T. C. Aeelah (publicado em 2009)
 
Assim É, Amiguinha!!! – “Dádiva maravilhosa...” (Aeelah),
ResponderEliminarque nos “habita” agora/ “para alem do agora”, num mar de beleza e de sabedoria, de “Viver para viver...” (Aeelah) – Simplesmente !!!
Artemis