Hoje veio-me à memória um episódio muito significativo que
tive ocasião de experienciar há dois anos atrás.
Decidi experimentar fazer mergulho. O silêncio. A beleza. A
transparência. Sempre me fascinou. Mal sabia eu que usar óculos que cobrem o
nariz, com botijas às costas e um tubo na boca, pesos à cintura e… barbatanas
nos pés, todos pela primeira vez me faria sentir como um trôpego e desajeitado espantalho!
E ainda por cima ainda era suposto cair na água de costas, respirar apenas pela
boca e sentir-me suficientemente confortável para mergulhar uns quantos metros
até ao fundo do mar.
Precisava de tempo para me acostumar a tudo isto para depois
poder confiar. No entanto, o instrutor que me acompanhava, para quem tudo isto
era tão completamente simples que não se lhe afigurava que alguém pudesse
precisar de tempo para se acostumar, decidiu começar a descida. Eu não me
sentia pronta, precisava de praticar mais esta respiração pela boca. Ele não se
sentia paciente. Ou eu descia ou ía para dentro do barco. Claro está que fui
para dentro do barco. Não podia ser pressionada a confiar, tinha que cair nessa
confiança no meu próprio tempo e por mais que quisesse sentir-me no fundo do
mar não me ía forçar a descer só pela urgência do momento.
O instrutor, claro, tendo mais de 40 anos de experiência
disto – era quase como se ele próprio tivesse barbatanas – não conseguia
perceber por que raio alguém não se haveria de sentir instantaneamente seguro
para mergulhar, especialmente com a sua mestria a conduzir o processo. Era um
ponto de vista mais que válido.
Mas também é válido que forçar a confiança numa nova
experiência é uma forma eficaz de criar resistência e a resistência é uma forma
eficaz de criar o seu oposto – falta de confiança – e eis que nasce um Aspeto
desintegrado!
E porque é que estou a escrever sobre isto?
Observa os teus Aspetos. Os mais presos. Aqueles a quem já
disseste repetidas vezes que já não queres mais na tua vida. Estás fart@ deles!
Queres que desapareçam já. São as tuas partes que se metem sempre no caminho
das tuas novas escolhas. São as partes que queres aceitar mas com quem acabas
por discutir ao invés disso. São as partes que te fazem sentir zangad@ e frustrad@
contigo mesm@. São as partes às quais já disseste uma e outra vez que é seguro
retornarem para Casa, que não precisas mais dessas partes, que és capaz de seguir
agora um novo rumo.
Agora vê a minha figura. Por mais que quisesse experienciar
o fundo do mar, fazendo essa escolha, por mais que me sentisse pronta… quando
estava no meio da experiência propriamente dita percebi que precisava de mais
tempo, que precisava de ir devagar. Eu sabia que era capaz e que era o que eu
queria, mas no ao meu próprio ritmo, sentindo confiança gradualmente até que
ela me envolvesse por completo e eu me diluísse, entregue a ela.
É isto mesmo que se passa entre nós e os nossos Aspetos. Uma
coisa é nós decidirmos que estamos prontos para largar um velho hábito e
queremos criar um novo caminho. Outra é estes Aspetos sentirem a nossa total
confiança nesta nossa escolha e outra ainda é eles confiarem que é chegada a
hora de mergulharem na Essência, de retorno ao seu estado neutro. É algo
desconhecido. É aliciante, brilhante, parece seguro, mas…
Quanto mais nos forçamos a integrar, mais longe ficamos da
integração… Porquê? Porque enquanto andamos entretidos a tentar forçar a
mudança, a nossa Mente/Personalidade encontra formas para nos persuadir a não
fazê-lo. Sem que notemos, os Aspetos recriam-se para poderem continuar a
ser-nos úteis, tornando-se um pouco mais como queremos ser, mas conservando as
camadas contra as quais temos estado a lutar. Estas camadas fazem o favor de
aparecer quando não estamos atentos, nas ocasiões em que não damos conta…
Solução: escolhe firmemente. Confia na tua escolha. Larga a
medição de forças. Segue. Desfruta da tua vida. E acima de tudo sê
Compassivamente Paciente contigo mesm@. Sê generos@ e grat@ contigo mesm@. Sabe
que a tua escolha está realizada. É uma questão de física quântica. O que estás
a experienciar são os passos para a sua realização porque na 3D tudo se passa
em câmara lenta ;)
Recordo-me de ter escolhido e escolhido e escolhido uma e
outra vez largar um “jogo” que aprendi a jogar com empréstimos bancários e
cartões de crédito. Este Aspeto que criei para me manter a cabeça à tona no
seio de gigantescas asneiras financeiras era muito expedito e nunca me
desiludiu. Mas tornou-se extremamente cansativo. Já chegava. Sentia que me
estava a sugar a própria vida. Já não aguentava mais. Mas por mais que dissesse
que já chegava não consegui ver-me livre deste “jogo”. Tive que largar o
assunto e seguir a minha vida em aceitação disto, como de tudo o resto. Tive
que permitir-me desfrutar da minha vida e confiar que também isto estava
resolvido. Não sabia quando. Nem sabia como. Passaram dois anos desde a minha
primeira decisão de mudança até à solução maior, com várias outras pelo meio. E
ainda estou a assistir ao desaparecimento do restante. E confio. Sei que já
está. Ainda que apenas uma grande parte esteja já manifesta, sei que o tempo do
resto chegará.
A integração de um Aspeto é uma coisa. O efeito que tem na
nossa realidade é outra. Ambos são quânticos, a Integração e o seu efeito.
Todavia, a forma como o efeito se apresenta tem o seu próprio ritmo. Quanto
mais aceitamos isto, mais fácil se torna vivermos em Alegria, não obstante o
lapso entre o quântico e o físico.
Tem sido a minha lição de Paciência. De Paciência
Compassiva. De Confiança. De dançar com a vida que está Aqui, Agora…
E estou Graciosamente Grata <3
Today I recalled a very meaningful episode I experienced about two years ago.
I decided to go scuba diving. The silence. The beauty. The
transparence. It has always fascinated me. Little did I know that wearing
goggles that cover the nose, together with tanks on my back and a tube in my
mouth, plus weights on my waist and… fins on my feet, all of which for the
first time would be a rather cumbersome experience, to say the very least. And
let alone all of this I was then expected to fall into the water back first,
breathe into the mouth tube only… and feel comfortable enough to go straight
down to the bottom of the sea for a few metres.
I needed time to get accustomed to it all so that I could
trust how I felt and then go down. The instructor I was with, however, thought
it was all too simple and after just a few minutes up on the surface for me to
practice breathing into the mouth piece, decided it was time to start going
down. I didn’t feel ready. He didn’t feel patient. Either I went down or out of
the water into the boat. Needless to say I went into the boat. I was not about
to be pressured to trust. I needed to fall into trust in my own time and no
matter how much I wanted to experience the bottom of the sea I would not force
myself down just for the urgency of the moment.
The instructor, of course, having over 40 years’ experience
doing this - he almost had fins himself - could not fathom why on earth anyone
could not immediately feel safe to dive, especially with his extremely
competent guidance. I understand his point of view entirely.
But I also know that forcing trust with a new experience is
a sure way to create resistance and resistance is a sure way to create the
opposite – mistrust – and hence a stuck Aspect!
And why I am writing about this?
Picture your Aspects. The stickiest ones. The ones you have
said time and again you don’t want anymore. You’re fed up of. You want to get
rid of right now. The ones that always get in the way of your new choices. The
ones that you want to accept but argue with instead. The ones that make you
angry and frustrated at yourself. The ones you have told time and again that it
is safe for them to come back Home, that you no longer need them, that you are
capable of going along your own new way now.
Now picture me. As much as I wanted to experiece the bottom
of the sea, making that choice, as much as I felt I was ready… when I was right
in the midst of the experience I realised I needed more time, I needed to go
slowly. I knew I could and wanted to do it, but at my own pace, feeling trust
gradually until it took over and I could surrender.
This is what goes on between us and our Aspects. One thing
is us deciding we are ready to let go of some old habit and create a new path.
Another is these Aspects feeling our complete trust in this and yet another is
them trusting to dive into Essence. It is unknown. It is enticing, it is
brilliant, it seems safe, but…
The more we force ourselves to Integrate, the further we
step away from Integration… Why?
Because while we are busy trying to force
change our Mind/Personality finds ways to persuade us otherwise. Without us
even noticing it, Aspects recreate themselves in order to continue to be useful
to us, bringing a twist to their falvour, becoming a little bit more like what
we want ourselves to be, but still having the overlays that we have been
fighting against so much. These overlays peek in when we are not paying attention,
in the occasions when they are not noticed…
Solution: choose firmly. Trust your choice. Let go of the
arm wrestling. Walk on. Enjoy your life. And most of all be Compassionately
Patient with yourself. Be kind to yourself, be thankful. Know that your choice
is realised. It is quantum physics. All you are experiencing are the steps to
its realisation just because in 3D all is speeded down to slow motion ;)
I remember having chosen and chosen and chosen again to let
go of a “game” I learnt to play with bank loans and credit cards. The Aspect I
had created to keep my head above water in the midst of huge financial blunders
was proficient and never ever let me down. But it became terribly tiring. I had
had enough of it. I felt it was sucking my life force out of me. I could take
it no longer. Yet no amount of saying it was enough did the trick. I had to let
go first. I had to go about my life accepting this as I accepted everything
else. I had to enjoy my life and trust that this too was resolved. Not knowing
when. Not knowing how. It took two years from my firm decision to the solution
– several solutions along the way. And I am still watching the rest of it disappear.
And I trust. I know it is over. All of it. Though only part of it - a large
part though – is already manifest. An Aspect integrating is one thing. The
effect it has on our reality is another. Both are quantum, the Integration and
the effect. However, the way the effect presents itself has its own rhythm. The
more we accept this, the easier it is to live in Joy, irrespective of the lapse
between quantum and physical ;)
It has been my lesson of Patience. Of Compassionate
Patience. Of Trust. Of dancing with the life that is Here, Now…
And I am Gracefully Thankful <3
Assim É...but...Há sempre um Mas em Mim - esta minha "Mente" como gosta de enredos virtuais...Admiro a tua singela Sabedoria e a raiz energética do teu Ser, Sendo Simplesmente.
ResponderEliminarUm Grande Xi_Coração, AMIGUINHA
Artemis_Salete
Um graaaande xi coração a ti também querida e linda amiga :) <3
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