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segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Uma pequena história de Compaixão / A Short Tale of Compassion

Hoje veio-me à memória um episódio muito significativo que tive ocasião de experienciar há dois anos atrás.

Decidi experimentar fazer mergulho. O silêncio. A beleza. A transparência. Sempre me fascinou. Mal sabia eu que usar óculos que cobrem o nariz, com botijas às costas e um tubo na boca, pesos à cintura e… barbatanas nos pés, todos pela primeira vez me faria sentir como um trôpego e desajeitado espantalho! E ainda por cima ainda era suposto cair na água de costas, respirar apenas pela boca e sentir-me suficientemente confortável para mergulhar uns quantos metros até ao fundo do mar.

Precisava de tempo para me acostumar a tudo isto para depois poder confiar. No entanto, o instrutor que me acompanhava, para quem tudo isto era tão completamente simples que não se lhe afigurava que alguém pudesse precisar de tempo para se acostumar, decidiu começar a descida. Eu não me sentia pronta, precisava de praticar mais esta respiração pela boca. Ele não se sentia paciente. Ou eu descia ou ía para dentro do barco. Claro está que fui para dentro do barco. Não podia ser pressionada a confiar, tinha que cair nessa confiança no meu próprio tempo e por mais que quisesse sentir-me no fundo do mar não me ía forçar a descer só pela urgência do momento.

O instrutor, claro, tendo mais de 40 anos de experiência disto – era quase como se ele próprio tivesse barbatanas – não conseguia perceber por que raio alguém não se haveria de sentir instantaneamente seguro para mergulhar, especialmente com a sua mestria a conduzir o processo. Era um ponto de vista mais que válido.

Mas também é válido que forçar a confiança numa nova experiência é uma forma eficaz de criar resistência e a resistência é uma forma eficaz de criar o seu oposto – falta de confiança – e eis que nasce um Aspeto desintegrado!

E porque é que estou a escrever sobre isto?

Observa os teus Aspetos. Os mais presos. Aqueles a quem já disseste repetidas vezes que já não queres mais na tua vida. Estás fart@ deles! Queres que desapareçam já. São as tuas partes que se metem sempre no caminho das tuas novas escolhas. São as partes que queres aceitar mas com quem acabas por discutir ao invés disso. São as partes que te fazem sentir zangad@ e frustrad@ contigo mesm@. São as partes às quais já disseste uma e outra vez que é seguro retornarem para Casa, que não precisas mais dessas partes, que és capaz de seguir agora um novo rumo.

Agora vê a minha figura. Por mais que quisesse experienciar o fundo do mar, fazendo essa escolha, por mais que me sentisse pronta… quando estava no meio da experiência propriamente dita percebi que precisava de mais tempo, que precisava de ir devagar. Eu sabia que era capaz e que era o que eu queria, mas no ao meu próprio ritmo, sentindo confiança gradualmente até que ela me envolvesse por completo e eu me diluísse, entregue a ela.

É isto mesmo que se passa entre nós e os nossos Aspetos. Uma coisa é nós decidirmos que estamos prontos para largar um velho hábito e queremos criar um novo caminho. Outra é estes Aspetos sentirem a nossa total confiança nesta nossa escolha e outra ainda é eles confiarem que é chegada a hora de mergulharem na Essência, de retorno ao seu estado neutro. É algo desconhecido. É aliciante, brilhante, parece seguro, mas…

Quanto mais nos forçamos a integrar, mais longe ficamos da integração… Porquê? Porque enquanto andamos entretidos a tentar forçar a mudança, a nossa Mente/Personalidade encontra formas para nos persuadir a não fazê-lo. Sem que notemos, os Aspetos recriam-se para poderem continuar a ser-nos úteis, tornando-se um pouco mais como queremos ser, mas conservando as camadas contra as quais temos estado a lutar. Estas camadas fazem o favor de aparecer quando não estamos atentos, nas ocasiões em que não damos conta…

Solução: escolhe firmemente. Confia na tua escolha. Larga a medição de forças. Segue. Desfruta da tua vida. E acima de tudo sê Compassivamente Paciente contigo mesm@. Sê generos@ e grat@ contigo mesm@. Sabe que a tua escolha está realizada. É uma questão de física quântica. O que estás a experienciar são os passos para a sua realização porque na 3D tudo se passa em câmara lenta ;)

Recordo-me de ter escolhido e escolhido e escolhido uma e outra vez largar um “jogo” que aprendi a jogar com empréstimos bancários e cartões de crédito. Este Aspeto que criei para me manter a cabeça à tona no seio de gigantescas asneiras financeiras era muito expedito e nunca me desiludiu. Mas tornou-se extremamente cansativo. Já chegava. Sentia que me estava a sugar a própria vida. Já não aguentava mais. Mas por mais que dissesse que já chegava não consegui ver-me livre deste “jogo”. Tive que largar o assunto e seguir a minha vida em aceitação disto, como de tudo o resto. Tive que permitir-me desfrutar da minha vida e confiar que também isto estava resolvido. Não sabia quando. Nem sabia como. Passaram dois anos desde a minha primeira decisão de mudança até à solução maior, com várias outras pelo meio. E ainda estou a assistir ao desaparecimento do restante. E confio. Sei que já está. Ainda que apenas uma grande parte esteja já manifesta, sei que o tempo do resto chegará.

A integração de um Aspeto é uma coisa. O efeito que tem na nossa realidade é outra. Ambos são quânticos, a Integração e o seu efeito. Todavia, a forma como o efeito se apresenta tem o seu próprio ritmo. Quanto mais aceitamos isto, mais fácil se torna vivermos em Alegria, não obstante o lapso entre o quântico e o físico.

Tem sido a minha lição de Paciência. De Paciência Compassiva. De Confiança. De dançar com a vida que está Aqui, Agora…

E estou Graciosamente Grata <3


 ***

Today I recalled a very meaningful episode I experienced about two years ago.

I decided to go scuba diving. The silence. The beauty. The transparence. It has always fascinated me. Little did I know that wearing goggles that cover the nose, together with tanks on my back and a tube in my mouth, plus weights on my waist and… fins on my feet, all of which for the first time would be a rather cumbersome experience, to say the very least. And let alone all of this I was then expected to fall into the water back first, breathe into the mouth tube only… and feel comfortable enough to go straight down to the bottom of the sea for a few metres.

I needed time to get accustomed to it all so that I could trust how I felt and then go down. The instructor I was with, however, thought it was all too simple and after just a few minutes up on the surface for me to practice breathing into the mouth piece, decided it was time to start going down. I didn’t feel ready. He didn’t feel patient. Either I went down or out of the water into the boat. Needless to say I went into the boat. I was not about to be pressured to trust. I needed to fall into trust in my own time and no matter how much I wanted to experience the bottom of the sea I would not force myself down just for the urgency of the moment.

The instructor, of course, having over 40 years’ experience doing this - he almost had fins himself - could not fathom why on earth anyone could not immediately feel safe to dive, especially with his extremely competent guidance. I understand his point of view entirely.

But I also know that forcing trust with a new experience is a sure way to create resistance and resistance is a sure way to create the opposite – mistrust – and hence a stuck Aspect!

And why I am writing about this?

Picture your Aspects. The stickiest ones. The ones you have said time and again you don’t want anymore. You’re fed up of. You want to get rid of right now. The ones that always get in the way of your new choices. The ones that you want to accept but argue with instead. The ones that make you angry and frustrated at yourself. The ones you have told time and again that it is safe for them to come back Home, that you no longer need them, that you are capable of going along your own new way now.

Now picture me. As much as I wanted to experiece the bottom of the sea, making that choice, as much as I felt I was ready… when I was right in the midst of the experience I realised I needed more time, I needed to go slowly. I knew I could and wanted to do it, but at my own pace, feeling trust gradually until it took over and I could surrender.

This is what goes on between us and our Aspects. One thing is us deciding we are ready to let go of some old habit and create a new path. Another is these Aspects feeling our complete trust in this and yet another is them trusting to dive into Essence. It is unknown. It is enticing, it is brilliant, it seems safe, but…

The more we force ourselves to Integrate, the further we step away from Integration… Why? 

Because while we are busy trying to force change our Mind/Personality finds ways to persuade us otherwise. Without us even noticing it, Aspects recreate themselves in order to continue to be useful to us, bringing a twist to their falvour, becoming a little bit more like what we want ourselves to be, but still having the overlays that we have been fighting against so much. These overlays peek in when we are not paying attention, in the occasions when they are not noticed…

Solution: choose firmly. Trust your choice. Let go of the arm wrestling. Walk on. Enjoy your life. And most of all be Compassionately Patient with yourself. Be kind to yourself, be thankful. Know that your choice is realised. It is quantum physics. All you are experiencing are the steps to its realisation just because in 3D all is speeded down to slow motion ;)

I remember having chosen and chosen and chosen again to let go of a “game” I learnt to play with bank loans and credit cards. The Aspect I had created to keep my head above water in the midst of huge financial blunders was proficient and never ever let me down. But it became terribly tiring. I had had enough of it. I felt it was sucking my life force out of me. I could take it no longer. Yet no amount of saying it was enough did the trick. I had to let go first. I had to go about my life accepting this as I accepted everything else. I had to enjoy my life and trust that this too was resolved. Not knowing when. Not knowing how. It took two years from my firm decision to the solution – several solutions along the way. And I am still watching the rest of it disappear. And I trust. I know it is over. All of it. Though only part of it - a large part though – is already manifest. An Aspect integrating is one thing. The effect it has on our reality is another. Both are quantum, the Integration and the effect. However, the way the effect presents itself has its own rhythm. The more we accept this, the easier it is to live in Joy, irrespective of the lapse between quantum and physical ;)

It has been my lesson of Patience. Of Compassionate Patience. Of Trust. Of dancing with the life that is Here, Now…

And I am Gracefully Thankful <3








2 comentários:

  1. Assim É...but...Há sempre um Mas em Mim - esta minha "Mente" como gosta de enredos virtuais...Admiro a tua singela Sabedoria e a raiz energética do teu Ser, Sendo Simplesmente.
    Um Grande Xi_Coração, AMIGUINHA
    Artemis_Salete

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  2. Um graaaande xi coração a ti também querida e linda amiga :) <3

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