Quem
está a falar?
Sobre Aspetos da
Personalidade
Os
Aspetos da Personalidade fazem parte da experiência de Ser Humano. São criados
momento a momento para servir os propósitos necessários à interação com o mundo
e com os outros. Em situação regular um Aspeto é criado no exato momento em que
é necessário e depois dilui-se novamente no vazio em ti de onde nasceu – no vazio
da tua consciência. Em situação irregular, esse mesmo Aspeto permanece criado
para te alertar e guiar através da ocorrência de situações similares, ou seja,
quando te assustas, por exemplo, o Aspeto que estava a ter determinada vivência
passa a ter a função de te “proteger” de situação similar no futuro. Há muito,
mas mesmo muito mais para dizer sobre Aspetos. Este é apenas um pequeno resumo
(muitíssimo resumido) para contextualizar o que exponho de seguida.
Acontece
que, ao longo das nossas experiências de dor, sofrimento, tristeza, mágoa,
angústia, medo, raiva… por outras palavras: de limitação, vamos criando Aspetos
dissociados que regem os nossos pensamentos, palavras, escolhas e atos. Alguns
estão connosco há tanto tempo que o nosso grau de identificação com eles é
total, ou seja, achamos que aquilo somos nós. Nestes casos, não conseguimos
discernir se quem está a pensar, falar, escolher, fazer somos nós em
consciência ou se é meramente um Aspeto da nossa Personalidade, com uma
história muito precisa e limitada sobre a realidade. Cada Aspeto serve um
propósito diferente e sabe apenas a sua própria história. Não há, pois, nenhuma
forma de convencer um Aspeto do contrário daquilo que ele é.
Todas
as vezes que tens dúvidas sobre ti mesmo/a, que acreditas que não sabes as
respostas para os teus desafios, que achas que és incapaz, insuficiente, não
merecedor… etc… não és TU que estás a falar, mas sim as partes tuas que
acreditam nestas histórias fruto de experiências passadas nas quais ficaram
presas e que continuam a repetir e a perpetuar, levando-te a reagir sempre da
mesma forma perante o mesmo tipo de situações. Se tens por exemplo uma parte
tua que diz constantemente “não sei”, e te perguntares porque não sabes, a
resposta será simplesmente “não sei” porque esse Aspeto apenas serve o propósito
de não saber, ou seja, apenas sabe que não sabe, mas nem sabe o quê!
A
questão é: como é que se muda isto?
No
processo de Integração de Aspetos que facilito quer individualmente, quer
através de workshops, o que se faz é precisamente mudar isto. Primeiro é
preciso saber ficar PRESENTE, encontrar o nosso CENTRO, ficar em SILÊNCIO.
Como? Respirando conscientemente. Depois de se conseguir fazer isto, o passo
seguinte é conseguir observar sem julgar e acima de tudo SENTIR. Um Aspeto só
pode ser integrado, que é o mesmo que dizer diluído, quando deixa de ser
necessário. E quem decide se ele é necessário ou não és tu. Mas não é uma
decisão da tua cabeça. É algo que tens que primeiro sentir, e depois mostrar na
prática, mudando de atitude. Por outro lado, um Aspeto não se dilui se estiver
a ser ignorado ou rejeitado. Tem que ser reconhecido e aceite. Depois pode
realmente diluir-se.
A
saber: os Aspetos dissociados só sabem de si mesmos. Não podem ser forçados,
convencidos ou manipulados… Muitos são, aliás, mestres em manipulação. Não há
por isso argumentação que os demova das suas funções. A mudança tem que vir de
dentro, com a tua escolha, e refletir-se fora, com a tua ação.
Nota:
todos temos Aspetos dissociados e o processo de Integração ocorre no seu
próprio tempo, à medida que vamos tomando consciência de quem realmente somos e
do que realmente queremos. Aos Aspetos da Personalidade chama-se comumente de
EGO J E
quem realmente ÉS? Um SER.
Ai [querido] “Aspecto Meu”, com tão “multifacetada máscara”, vens paulatinamente deambulando na “sombra” do meu EU Profundo!!! Quantas luas e sóis te venho ignorando ou rejeitando, e bastava ACEITAR-TE!!! [Falta Coragem não É???]. Pois É...”Quem está a falar? ...Este Aspecto da minha Personalidade!!!
ResponderEliminarUM XI-CORAÇÃO COM AMOR INFINDO
Artemis