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quarta-feira, 12 de outubro de 2016

The tools, the purpose... and the final result / As ferramentas, o propósito... e o resultado final


All tools serve a purpose. Be it in whichever context. And once the tool has served its purpose it becomes unnecessary. It is a means to an end, not the end in itself.  

This is pretty straightforward in most contexts. When it comes to our Spiritual Path, however, it is not always quite so clear. 

Spiritual tools are Spiritual tools. They all serve a purpose. Nevertheless, confusion is common when it comes to discerning the difference between the tool, the purpose and the result. In fact, in this context, there are no static results or deadlines to achieve them. This makes it  easy to confuse the tool with its purpose, to become attached to the tool and to lose sight of the ongoing result, thus assuming that without the tool we are helpless. It is an enticing rut to get stuck in, with the added "bonus" of us mostly choosing a myriad of tools instead of focusing on just a few and using then consistently.

In such a quagmire of dependence on tools, how is one to ever Trust, really fully Trust and listen to one's own Divine Essence - the very same Essence that enlightens all that Is?

Tools are a fabulous, magic gift to all of us, helping us open up to our Divine Wisdom. They are not our Divine Wisdom itself and they are certainly not a perenial requirement. 

Though hard to break for the comfort they bring, why not gradually let go of the habit of using Spiritual tools as a rule and rather make them the exception?

Breaking habits, any and all habits, always opens space for new perspectives and can be as simple as changing part of a practice without eliminating it completely. It can be as simple as taking a deep, conscious, sweet breath :)

***

Todas as ferramentas têm um propósito. Seja em que contexto for. E uma vez que a ferramenta tenha servido o seu propósito, torna-se desnecessária. É um meio para atingir um fim e não o fim em si mesmo. 

Isto é bastante óbvio na maioria dos contextos. Quando se trata do nosso Caminho Espiritual, deixa de ser assim tão óbvio. 

Ferramentas Espirituais são Ferramentas Espirituais. Todas servem um propósito. No entanto é comum confundir-se a ferramenta com o seu propósito e com o resultado que produz. De facto, neste contexto em particular não existem resultados estáticos nem prazos para os atingir. Isto torna a confusão entre a ferramenta e o seu propósito frequente. É fácil ficar-se apegado a uma ferramenta e  não discernir os seus resultados constantes, o que nos leva a assumir que sem a ferramenta ficamos desamparados. É uma armadilha aliciante, com o "bonus" adicional de escolhermos, na maioria das vezes, uma imensidão de ferramentas em vez de nos cingirmos a poucas e usarmo-las consistentemente. 

Neste mar de dependência em relação às ferramentas, como é que se pode chegar a Confiar, Confiar mesmo completa e profundamente na nossa Divina Essência e ouvi-la - a mesma Essência que ilumina tudo o que É?

As ferramentas são uma dádiva fabulosa e mágica, ajudando-nos a abrir a nossa Sabedoria Divina. Não são, no entanto, a Divina Sabedoria em si mesma e não são, de todo, um requisito perene. 

Ainda que difíceis de largar pelo conforto que trazem, porque não quebrar gradualmente o hábito de usar ferramentas Espirituais como a regra e usá-las, ao invés disso, como a exceção?

Quebrar hábitos, todos e quaisquer hábitos, abre sempre espaço para novas perspetivas e pode ser tão simples como mudar apenas uma parte de uma prática, sem eliminá-la por completo. Pode ser tão simples como tomar uma doce, profunda e consciente respiração :)


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