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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Corpo, Mente e Espírito

Mais um capítulo do trabalho que fiz em 2004 para a disciplina de Psicossociologia, com o título de Programação Positiva (no âmbito de uma pós-graduação em Exercício e Saúde)

CORPO, MENTE E ESPÍRITO


            Como já referi anteriormente, convém nunca esquecer que somos seres tridimensionais de corpo, mente e espírito. Os conflitos nas nossas vidas diárias surgem precisamente do desfasamento entre as escolhas do corpo, mente e espírito. O nosso corpo pode escolher uma experiência que por sua vez a mente, rejeita, por exemplo. E ainda a nível da mente existem outros três níveis: a lógica, a intuição e a emoção. Imagine-se então o conflito gerado se por acaso estamos a tomar decisões e a fazer escolhas diferentes a esses três níveis da mente. Mas existem ainda mais cinco níveis no campo das emoções. São eles as cinco emoções naturais: a angústia, a ira, a inveja, o medo e o amor. Ainda dentro destes existem dois níveis finais: o medo e o amor. Poder-se-há então dizer que o medo e o amor são a raiz de todas as emoções. Mas mais ainda, e a um nível mais básico existe apenas dor e prazer. Tudo o que gostamos dá-nos prazer e o que desgostamos causa-nos dor.
            Se seguirmos a cadeia dos desejos, no fundo somos todos iguais. Queremos ser felizes, queremos sentir-nos realizados. Queremos que as nossas vidas tenham significado e propósito. Queremos sentir-nos ligados a Deus, ou ao Espírito, ou à Fonte, chamem-lhe o que entenderem. Queremos ser amados e respeitados pelos outros. Queremos sentir-nos seguros. Estes são desejos universais, mas os caminhos que tomamos para lá chegar são unicamente nossos, baseados nas nossas experiências individuais, nas nossas memórias. Cada um de nós é um espírito, projectando um ponto de vista particular, mas cada um dos nossos seres é inseparável de tudo o que existe. Compreender esta afirmação pode levar uma vida inteira, embora a sua compreensão tenha um significado extremamente profundo para as nossas vidas.
            Passo a citar um excerto que me parece ilustrar de forma viva e pertinente o que acabo de afirmar. No resumo do livro de Paulo Coelho “O Alquimista” pode ler-se:
“ “Cada homem na face da Terra tem um tesouro que está esperando por ele” disse o seu coração. “Nós, os corações, costumamos falar pouco destes tesouros, porque os homens já não querem mais encontrá-los. Só falamos deles às crianças. Depois deixamos que a vida encaminhe cada um em direcção ao seu destino. Mas infelizmente, poucos seguem o caminho que lhes é traçado, e que é o caminho da Lenda Pessoal e da felicidade. A maioria acha o mundo uma coisa ameaçadora. (…) Então nós, os corações, vamos falando cada vez mais baixo, mas não nos calamos nunca. E torcemos para que as nossas palavras não sejam ouvidas: não queremos que os homens sofram, porque não seguiram os seus corações.”






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