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terça-feira, 20 de outubro de 2015

O mundo gira

(Escrito há uns anos, em fase de grande mudança)

O mundo gira, gira. Pessoas gritam, pessoas choram.
Há cicatrizes que não se vêem. Vozes que não se ouvem e o mundo gira.
Há pessoas. Muitas pessoas. Todas diferentes. Seres únicos, e o mundo gira.
Há coisas também. Fúteis, inúteis. Muitas coisas.
E há os sentimentos. O dissecar dos sentimentos, das pessoas, dos seres.
Vejo um horizonte infinito. Azul celeste, salpicado de nuvens brancas com alguns laivos de cinzento e há amor. Amor de mãe, amor de pai, amor de amigo, amor de irmão, amor de mulher, de paixão, amor de homem, amor, amor, muito amor, muito diferente.
Vem lá uma onda ao longe. O que traz nos seus braços?
Espuma? Sangue? É dor que sente? Alegria? Medo? Sabe para onde vai? Porque se enrola e inexoravelmente vem dar à costa, desfazendo-se embebida na areia fina, pura, brilhante?
Um som que não se ouve. Uma brisa que não se sente. Um aroma que não se cheira...
...Bebe-se, inunda-se, confunde-se.
O mar, as ondas, o mundo, tudo segue o seu caminho, sempre sem parar, sem questionar.
E o mundo gira...


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