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sábado, 4 de outubro de 2014

Os desafios da Vida na Terra

Os desafios da Vida na Terra 


Eu com o cabelo curtinho, a Diva com uns 3 anitos e a amiguita lá ao fundo com a mesma idade  Recordo-me que na altura a Diva desistiu do ballet porque se assustou com a história que queriam representar - do Capuchinho Vermelho - teve muito medo do lobo mau  É interessante observar isso agora, desde uma perspetiva mais isenta e madura. De facto por vezes tendemos a tomar ligeiramente essas figuras dos contos infantis, mas elas representam partes bem pertinentes da sociedade e da personalidade e são precisamente essas partes, que fruto do processo de crescimento, vão criando bloqueios traumáticos, por vezes bem subtis e inibindo a respiração completa. A Terra é, sim, um planeta magnífico. Os Humanos são, sim, companheiros de viagem magníficos. Mas esta é, sem dúvida, uma viagem por vezes bem dolorosa e desconfortável dada a densidade emocional e mental que circula na atmosfera comum. Respirar em Presença tem sido, para mim, a forma mais eficaz de saber discernir entre o que sinto que é meu e o que não é e de libertar as densidades alheias que atravessam o meu corpo. Quando nos abrimos para o sentir e removemos as armaduras, ficamos como que transparentes e tudo pode passar através de nós, sem permanecer. Deixa de ser necessário protegermo-nos pois somos um com tudo. No entanto o corpo físico passa por adaptações por vezes bastante desconfortáveis. É preciso saber aceitá-las e reconhecê-las como parte da Vida na Terra - encarando o desconforto de forma neutra, nem mau, nem bom. E gradualmente, à medida que o corpo se vai tornando mais e mais subtil, em comunhão com o Ser, vamos respirando com todos os poros de forma consciente, sabendo que são as portas fechadas impedem o fluxo natural da Vida em nós e através de nós. E uma vez abertas não há mais propósito em fechá-las. Deixamos de ser um acervo de barragens e diques e passamos a ser um rio irrestrito de Ser. Tudo se torna intenso, absolutamente tudo. A Vida é, na sua Essência, intensa e quando Vivos, assim somos nós. O corpo precisa de tempo, paciência e muito Amor para se ir adaptando às novas intensidades de Ser na Terra.
Neste mês de Outubro, início de Outono, época que desafia todos a olhar para dentro e a permanecer em silêncio, transitando do agir para o ficar e regenerar para criar e depois agir de novo, o bálsamo é simplesmente RESPIRAR, em quietude, no meio da tempestade de energias dissonantes à nossa volta, sabendo que tudo está bem em toda a criação, mesmo o que se julga contrário ao ideal. Sem abanar as estruturas que não servem mais, permitindo que ruam, não há mudança, logo, não há evolução. Tudo faz parte do eterno ciclo de morte e renascimento tal como a inspiração e a expiração. Em simbiose.

Abraço com Amor
T.C. Aeelah


2 comentários:

  1. AHHHHHHHHHHHH, AMIGUINHA, esse "simplesmente Respirar", É UM Bálsamo Indescritível [para mim], que Emerge neste Olhar Partilhado!!!
    Versejando ao ritmo do Meu Coração Aberto:
    Quando ELA passa descalça, por entre as criaturas repousadas/No reflexo da sua pp. Respiração cadenciada/Os leitos dos rios tornam-se em "Mares Infindos"/Para O "palmilhar ÚNICO" da Sempre DIVA!!!
    [AH, a aparência da Escrita!!!, de tão limitada que é, "aferrolha-se" no cenário da sua pp. Memória...onde as letras R[espiração] e C[onsciente], durante esses preciosos Momentos, varrem a ferrugem do pp. "ferrolho mental", transfigurando-se no que É_Simplesmente_Alma].
    Artemis

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  2. <3 lindo <3 muito grata amiguinha :)

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